O Frigorífico Zimmer, empresa tradicional com mais de 50 anos de atuação no Rio Grande do Sul, teve o pedido de recuperação judicial autorizado pela Justiça, após acumular dívidas que chegam a aproximadamente R$ 75 milhões. Com isso, a crise que se arrastava nos bastidores veio à tona de forma definitiva.
A matriz em Parobé e a filial em Capão do Leão protocoloaram a solicitação no fim de outubro, diretamente na Vara Regional Empresarial de Caxias do Sul. Segundo o diretor André Zimmer, a decisão busca reestruturar a companhia, especialmente diante do aumento dos custos da matéria-prima, da retração econômica, da elevação das taxas de juros e da restrição ao crédito. Assim, a recuperação surge como uma saída para frear a deterioração financeira e, ao mesmo tempo, preservar a operação.
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Zimmer: recuperação judicial, demissões e impacto social
Entretanto, dias antes de formalizar o pedido, a empresa demitiu 95 funcionários, alegando necessidade de ajustes no quadro para equilibrar o processo produtivo. Como consequência, os desligamentos motivaram protestos de ex-colaboradores em frente à sede da companhia, às margens da RS-239, em Parobé. Os manifestantes cobraram transparência e o pagamento integral dos direitos trabalhistas. Em nota, o frigorífico afirmou ter depositado o FGTS e garantido o acesso ao seguro-desemprego, tentando mitigar os efeitos imediatos das demissões.
Situação atual
Apesar da crise e de toda a turbulência, o Frigorífico Zimmer mantém cerca de 350 empregados diretos e reforça o compromisso de continuar operando com responsabilidade. A direção insiste que a recuperação judicial representa uma oportunidade de reorganizar as finanças e, sobretudo, garantir a continuidade das atividades de uma das empresas mais conhecidas do setor no Rio Grande do Sul. Assim, mesmo em meio às incertezas, a companhia tenta preservar sua história, sua marca e a qualidade reconhecida pelo mercado.
