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10 de dezembro de 2025

Ciclone no RS: o pior já passou? Veja o que esperar para as próximas horas e o que ainda preocupa meteorologistas

Veja se o pior já passou sobre a atuação do ciclone no RS. Saiba a seguir na reportagem os detalhes completos e dados meteorológicos.

Alagamentos repentinos, ventos fortes e falta de energia marcaram a passagem do ciclone RS nos últimos dias. A terça-feira (9) foi considerada o dia mais crítico, especialmente em cidades como Osório, onde houve transtornos com chuva intensa e rajadas de vento. Agora, com a chegada da quarta-feira (10), a principal dúvida da população é direta: o pior já passou?

De acordo com a MetSul Meteorologia, o sistema perdeu força sobre o continente e agora atua mais próximo da costa. Isso significa que o risco de chuva volumosa diminuiu em boa parte do estado, mas ainda não é hora de relaxar totalmente, pois outros efeitos do ciclone continuam ativos, principalmente em áreas litorâneas.

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O grande volume de chuva que provocou alagamentos e enxurradas já não é mais o principal problema nesta quarta-feira. A tendência é de precipitação fraca e isolada, especialmente na Região Metropolitana e no Vale do Sinos, onde o relevo ajuda a reduzir a intensidade dos ventos.

No entanto, o alerta agora é para as rajadas de vento, que ainda podem causar quedas de árvores, destelhamentos e interrupções no fornecimento de energia, principalmente no Sul e no Leste do Rio Grande do Sul.

Onde o risco ainda é alto

Segundo a MetSul, os ventos mais perigosos devem atingir as regiões próximas à Lagoa dos Patos e municípios do litoral médio e norte. As áreas mais vulneráveis são:

  • Litoral médio, de Rio Grande a Mostardas
  • Litoral norte, incluindo Tramandaí, Imbé, Capão da Canoa e Torres
  • Região da Lagoa dos Patos e entorno

O horário mais crítico está concentrado entre 9h e 15h, quando o sistema ainda pode provocar rajadas fortes.

Força dos ventos pode chegar a 120 km/h

Em grande parte do Rio Grande do Sul, as rajadas devem variar entre 40 km/h e 60 km/h, mas em pontos isolados os ventos podem alcançar velocidades bem maiores.

Em alguns municípios, há possibilidade de rajadas entre 80 km/h e 100 km/h, com registros extremamente localizados que podem chegar a 120 km/h, principalmente em áreas costeiras e abertas.

Municípios em alerta

A MetSul emitiu alerta para uma extensa lista de cidades que seguem em observação, incluindo:

Rio Grande, Pelotas, São Lourenço do Sul, São José do Norte, Turuçu, Mostardas, Arambaré, Camaquã, Cristal, Tapes, Barra do Ribeiro, Guaíba, Porto Alegre, Viamão, Tavares, Palmares do Sul, Capivari do Sul, Balneário Pinhal, Cidreira, Osório, Tramandaí, Imbé, Xangri-lá, Capão da Canoa, Arroio do Sal e Torres.

Volumes de chuva reforçam gravidade do ciclone RS

Até o fim da tarde de terça-feira (9), os acumulados de chuva impressionaram em várias regiões. Foram registrados:

  • 187 mm em Venâncio Aires
  • 183 mm em Encruzilhada do Sul
  • 165 mm em Tio Hugo
  • 158 mm em São Sepé
  • 148 mm em Cristal
  • 146 mm em Santa Cruz do Sul
  • 143 mm em Camaquã
  • 136 mm em Canguçu
  • 130 mm em Tupanciretã
  • 128 mm em Espumoso
  • 126 mm em Fontoura Xavier
  • 120 mm em Dom Feliciano e Piratini

No litoral norte, os volumes também foram expressivos: 81 mm em Capão da Canoa, 79 mm em Osório e 60 mm em Tramandaí.

Afinal, o pior já passou?

A resposta é sim, em parte. O auge da chuva associada ao ciclone no RS já ficou para trás, mas os impactos do vento ainda representam risco real nas regiões costeiras e em áreas mais abertas. O cenário é de melhora gradual, mas com necessidade de atenção redobrada até o sistema se afastar completamente do estado.

A recomendação é evitar áreas alagadas, não se abrigar sob árvores, reforçar estruturas frágeis e ficar atento a comunicados da Defesa Civil e das concessionárias de energia.

Guilherme Galhardo
Guilherme Galhardo
Estudante de jornalismo, apaixonado pela cultura POP, luta-livre, games, séries e filmes. Entusiasta de meteorologia e punk rocker nas horas vagas.
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