A tradicional escala 6×1, que obriga o trabalhador a cumprir seis dias seguidos de serviço para ter apenas um de descanso, pode estar chegando ao fim. A mudança ganhou força após a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovar uma proposta que altera esse modelo. O texto também prevê a redução da jornada semanal de 44 para 36 horas, sem corte de salário.
A medida ainda precisa ser votada no plenário do Senado e, depois, seguir para a Câmara dos Deputados. Mesmo sem estar em vigor, o possível fim da escala 6×1 já mobiliza trabalhadores de todo o país, que acompanham a discussão com expectativa.
LEIA TAMBÉM:
- Fiscalização flagra supermercado vendendo carnes estragadas no RS
- Caixa Tem libera valor mínimo de R$ 600 e brasileiros já correm para conferir saldo
- Vacina contra bronquiolite começa a ser distribuída no Brasil pelo SUS
É somente a partir de agora que as mudanças começam a ficar mais claras: se aprovada em todas as etapas, a proposta vai alterar profundamente a forma como o trabalhador brasileiro organiza sua semana. Mais descanso, menos desgaste e manutenção integral do salário são alguns dos pontos centrais.
Fim da escala 6×1: o que foi aprovado na CCJ
A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) votada na CCJ traz mudanças significativas na rotina de quem trabalha com carteira assinada. Entre elas:
- Dois dias de descanso por semana, preferencialmente sábado e domingo, substituindo o modelo atual de 6×1;
- Redução gradual da jornada semanal, passando de 44 para 40 horas e, depois, chegando ao limite de 36 horas semanais;
- Salário mantido integralmente, mesmo com a diminuição de horas trabalhadas;
- Jornada distribuída em até cinco dias por semana, facilitando o descanso e a convivência familiar.
O que muda na prática para o trabalhador
Caso o fim da escala 6×1 seja confirmado, a mudança será uma das mais profundas das últimas décadas no mercado de trabalho. Para milhões de brasileiros, o impacto será direto na saúde, na vida pessoal e na rotina diária.
Hoje, trabalhadores de setores como comércio, serviços, transporte, saúde e indústria trabalham seis dias consecutivos e descansam apenas um. Isso compromete o convívio familiar, limita o tempo de lazer e aumenta o desgaste físico e mental.
Com dois dias de folga, o cenário muda:
- mais tempo de descanso,
- mais espaço para cuidados pessoais,
- mais equilíbrio entre vida profissional e pessoal.
A redução gradual da jornada também garante segurança. Mesmo trabalhando menos horas por semana, o funcionário não perde remuneração. Além disso, empresas que precisam manter produtividade poderão abrir novas vagas, criando oportunidades de emprego em diversos setores.
O que ainda está em discussão
Mesmo após o avanço na CCJ, o tema ainda não está decidido. No plenário do Senado, o texto pode sofrer mudanças. Depois, seguirá para a Câmara dos Deputados, onde também pode receber ajustes.
Durante os debates, alguns parlamentares chegaram a mencionar a ideia de uma semana de quatro dias, inspirada em experiências internacionais, mas essa proposta não entrou no texto final analisado pela CCJ.
Também seguem em avaliação:
- a transição gradual até chegar a 36 horas semanais,
- os possíveis impactos econômicos,
- as adaptações necessárias para setores que operam todos os dias.
Ou seja: o fim da escala 6×1 pode passar por alterações antes de virar lei.
O que o trabalhador deve acompanhar
Como o projeto ainda está em debate, é importante que os trabalhadores:
- Acompanhem as votações no Senado e na Câmara;
- Busquem informações com sindicatos e entidades representativas;
- Fiquem atentos a comunicados oficiais, evitando fake news;
- Entendam o que está sendo proposto para cobrar corretamente seus direitos, caso a mudança seja aprovada.
FAQ – Perguntas frequentes sobre o fim da escala 6×1
1. A escala 6×1 vai acabar?
Ainda não. A proposta foi aprovada pela CCJ do Senado, mas ainda precisa ser votada no plenário e depois na Câmara dos Deputados.
2. O que muda para o trabalhador se a proposta for aprovada?
A jornada semanal será reduzida gradualmente para 36 horas e haverá dois dias de descanso por semana, sem redução de salário.
3. Quando a mudança pode começar a valer?
Apenas após aprovação no Senado, na Câmara e sanção presidencial.
4. Setores como comércio e saúde também terão direito?
Sim. A proposta vale para todos os empregados com carteira assinada, com possíveis regras específicas de adaptação.
5. O salário vai diminuir com a jornada menor?
Não. O texto prevê redução de horas sem diminuição salarial.

