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A Polícia Civil prendeu um casal acusado de praticar atos de tortura contra seus próprios filhos, um menino de 5 anos e outro de 1 ano e 7 meses. Os responsáveis pelas atrocidades são a mãe, uma mulher de 25 anos, natural da cidade, e o pai, um homem de 33 anos, que é padrasto do filho mais velho e pai biológico do mais novo.
Os crimes aconteceram em Venâncio Aires, no Vale do Taquari.
Investigação
O alarmante caso veio à atenção da Polícia Civil no início do mês de agosto, quando a mãe levou o filho de 5 anos para atendimento na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) devido a uma fratura no braço. Entretanto, ao examinar a criança, a equipe médica deparou-se com um cenário de horror, com lesões graves que sugeriam torturas físicas e psicológicas anteriores.
Os policiais apuraram que o menino apresentava não apenas a fratura no braço, mas também lesões nas orelhas, uma ferida necrosada de cerca de 10 cm de diâmetro na nádega, indicando ter sido causada por queimadura. Essa descoberta levou à ação imediata do Conselho Tutelar e à condução da mãe à delegacia de polícia para prestar depoimento. Durante o interrogatório, a mãe alegou que o filho havia reclamado de dores no braço após uma visita ao pai no final de semana anterior. No entanto, ela não soube explicar as demais lesões pelo corpo da criança.
A investigação se aprofundou e revelou uma triste realidade: o menino mais novo, com apenas 1 ano e 7 meses, também era vítima de torturas. Ele foi retirado do convívio do casal e encaminhado a uma casa de acolhimento. O menino mais velho, por sua vez, foi hospitalizado devido a microlesões por queimaduras e quadro de desnutrição. A ferida necrosada na nádega precisou de tratamento, incluindo enxerto para preenchimento da pele removida.
Os depoimentos do conselheiro tutelar e da profissional de saúde que examinou a criança de 5 anos revelaram que o próprio menino atribuiu as lesões à mãe e ao padrasto, além de relatar que tinha acesso limitado à alimentação.
O Delegado Paulo César Schirrmann, titular da Delegacia de Polícia de Venâncio Aires, solicitou a prisão preventiva do casal, medida que foi deferida pelo poder judiciário. No dia seguinte, os agentes da Polícia Civil cumpriram a prisão, encaminhando o homem à Penitenciária Estadual de Venâncio Aires e a mulher ao presídio feminino de Lajeado.
Fonte: Agora no Vale/APNI