Anderson Bonetti, sócio de Nego Di, foi preso em Santa Catarina. A Polícia Civil confirmou a prisão na tarde desta segunda-feira (22).
De acordo com a polícia, a prisão foi realizada com o apoio de agentes do Departamento de Investigações Criminais do Rio Grande do Sul (DEIC) e de policiais catarinenses.
- LEIA TAMBÉM: Quebra de sigilo bancário mostra que influenciador não doou R$ 1 milhão para vítimas da enchente
Ainda não há mais informações sobre a prisão. A Polícia Civil realizará uma coletiva de imprensa na próxima terça-feira (23) para detalhar a captura e a investigação.
Nego Di está preso desde o dia 14
A prisão de Nego Di é referente ao inquérito que apura casos de estelionato. Conforme a Polícia Civil, o influenciador e o sócio são suspeitos de lesar, pelo menos, 370 pessoas, com a venda de produtos que nunca foram entregues. As vítimas realizavam compras através da loja virtual “Tadizuera” que funcionou entre março e julho de 2022.
Em nota, os advogados de Nego Di afirmaram que “a defesa está tomando todas as medidas legais cabíveis”. (leia mais abaixo)
Investigação
Na época, Nego Di realizava a divulgação da loja em seus perfis nas redes sociais. Ele o sócio vendiam eletrônicos como, por exemplo, aparelhos de ar-condicionado e televisores. Eles anunciavam produtos por preços abaixo do praticado no mercado.
Parte dos compradores, pagaram pelo produto, mas nunca receberam. Muitos denunciaram o caso para a Polícia Civil. A investigação apurou que o influenciador enganou os clientes ao prometer entregas que ele sabia, na prática, que não seriam feitas, e também indicou que havia falta de estoque. Além disso, ele teria movimentado o dinheiro obtido com as vendas. Por fim, a quebra de sigilos teria apontado a movimentação financeira superior a R$ 5 milhões.
Ainda, conforme a polícia, 370 clientes registraram a ocorrência. Porém, a suspeita é de que o número de vítimas seja maior.
Nota da defesa de Nego Di
Por nota, assinada os advogados Hernani Fortini, Jefferson Billo da Silva, Flora Volcato e Clementina Ana Dalapicula, se pronunciaram sobre a prisão.
“Em relação aos recentes acontecimentos envolvendo o humorista Dilson Alves da Silva Neto, conhecido como Nego Di, gostaríamos de esclarecer que estamos tomando todas as medidas legais cabíveis.
Destacamos a importância do princípio constitucional da presunção de inocência, que assegura a todo cidadão o direito de ser considerado inocente até prova em contrário. O devido processo legal deve ser rigorosamente observado, garantindo que o acusado tenha uma defesa plena e justa, sem qualquer tipo de pré-julgamento.
Pedimos à mídia e ao público que tenham cautela na divulgação de informações sobre o caso, uma vez que a ampla exposição de fatos ainda não comprovados pode causar danos irreparáveis à imagem e à carreira de Nego Di.
Qualquer divulgação precipitada pode resultar em uma condenação prévia injusta, prejudicando sua honra e dignidade”.