FOTO: Prefeitura de Sapucaia do Sul/Divulgação
Da redação com informações da Prefeitura de Sapucaia do Sul | Os 16 Dias de Ativismo pelo fim da Violência Contra a Mulher iniciaram em Sapucaia do Sul abordando a violência e o preconceito sofridos pela mulher negra. O tema foi abordado durante palestra ministrada pela coordenadora nacional do Movimento Negro, Márcia Fernandes, na sede da Coordenadoria da Mulher. A iniciativa foi da Prefeitura, através da Coordenadoria da Mulher.
Segundo pesquisa do Datafolha, 503 mulheres são agredidas a cada hora no Brasil, sendo que as mulheres negras lideram as denúncias no disque 180. A mulher negra também sofre com a falta de oportunidades, conforma salienta Márcia. “As mulheres negras têm salários menores, primeiro por serem mulheres, e depois por serem negras. A todo momento, precisamos provar que somos capazes, que temos as mesmas condições, o mesmo potencial que os brancos”, enfatizou.
Doraldina Figueiredo dos Santos, 57 anos, já sofreu com o preconceito no mercado de trabalho, e buscou driblá-lo fazendo um concurso público. “Quando concluí o segundo grau, tive dificuldades para conseguir emprego e percebi que queriam contratar alguém branco. Vi que precisava ser avaliada pelo meu intelecto e não pela minha aparência, por isso, estudei, me preparei e fiz um concurso público. As pessoas não admitem que são racistas, mas demonstram isso nas atitudes”, contou a servidora pública aposentada.
A programação dos 16 Dias de Ativismo pelo fim da Violência Contra a Mulher segue em Sapucaia até 11 de dezembro. Já na sexta-feira, 1º de dezembro, no mesmo horário, será promovida uma palestra sobre prevenção de HIV-Aids.