Foto:Â Fernando FrazĂŁo/ AgĂȘncia Brasil
InformaçÔes de AgĂȘncia Brasil e O Globo | Uma operação de guerra foi montada em frente ao Hospital Badim, na zona norte do Rio, que pegou fogo no final da tarde desta quinta-feira (12). ApĂłs o incĂȘndio ter sido controlado, segundo informaçÔes divulgadas pelo Corpo de Bombeiros, o cuidado maior foi na remoção dos pacientes graves, que nĂŁo puderam ser retirados de imediato, pois estavam em centros de Tratamento Intensivo (CTIs).
Depois da saĂda dos pacientes que podiam ser removidos de imediato, os bombeiros e as equipes de emergĂȘncia começaram a evacuar os casos mais graves, a partir das 21h.
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Grupos de mĂ©dicos, enfermeiros e tĂ©cnicos corriam pedindo passagem entre a multidĂŁo que se aglomerava em volta, incluindo parentes e amigos de pacientes. Os profissionais levavam equipamentos de sustentação, como monitores cardĂacos e tubos de oxigĂȘnio.
Mais cedo, logo apĂłs a notĂcia de incĂȘndio se espalhar pelos corredores, por volta das 17h, a Rua SĂŁo Francisco Xavier se transformou em um ambulatĂłrio ao ar livre. Pacientes eram trazidos dos dois prĂ©dios do hospital e acomodados em colchĂ”es. Em seguida, eram levados para uma creche e para a garagem de um edifĂcio, vizinhos ao hospital, ou transportados em ambulĂąncia para hospitais e clĂnicas vizinhos.
Os bombeiros encontraram, pelo menos, 10 corpos durante a madrugada desta sexta-feira (13). Uma pessoa que tinha sido retirada do local jĂĄ havia morrido. A identificação das vĂtimas serĂĄ realizada a partir das 8h, no Instituto MĂ©dico Legal (IML).
Sem alarme
O incĂȘndio, causado por um curto circuito em um gerador no subsolo do prĂ©dio mais antigo do complexo hospitalar, começou no final da tarde. A universitĂĄria Aline Raquel acompanhava a sua prima, AndrĂ©ia, que estava internada no Badin. Ela conta que, por volta das 18h, percebeu as luzes dos carros dos Bombeiros e disse que nĂŁo ouviu nenhum alarme, apenas os bombeiros mandando evacuar o prĂ©dio.
âA gente pegou o que podia e desceu caminhando. Tinha muito idoso. Foi desesperador, mas a gente estava em condiçÔes boas, mas para quem estava na UTI [Unidade de Tratamento Intensico] era complicado descer de escadaâ, disse.
A tĂ©cnica de enfermagem Andreia de Oliveira estava em casa de licença, pois havia sepultado a mĂŁe no dia anterior, mas nĂŁo teve dĂșvida em ir correndo para o hospital e ajudar no atendimento aos pacientes.
“A uniĂŁo faz a diferença numa hora dessas. Pessoas de outras redes tambĂ©m vieram nos ajudar. A uniĂŁo faz a força. NĂłs estamos aqui para fazer um acesso, servir ĂĄgua, fazer uma massagem cardĂaca”, disse Andreia.