Casas de Canoas, Cachoeirinha e Sapucaia do Sul eram assaltadas por criminosos de uma organização criminosa alvo da Operação PentĂĄgono â deflagrada nesta terça-feira (1°) pela PolĂcia Civil, em conjunto com a Brigada Militar e SuperintendĂȘncia dos Serviços PenitenciĂĄrios (SUSEPE) â. AlĂ©m de casas, eles tambĂ©m roubavam carros e estabelecimentos comerciais.
As vĂtimas eram escolhidas por um apenado PenitenciĂĄria de Alta Segurança de Charqueadas (PASC). Ele escolhia atravĂ©s de pesquisas casas em bairros de classe mĂ©dia e alta das cidades.
PorĂ©m, ele nĂŁo era o Ășnico atrĂĄs das grades. Um dos assaltantes acabou sendo pego pela Brigada Militar (BM) durante os 12 meses de investigação. PorĂ©m, mesmo na PenitenciĂĄria de Canoas (PECAN) ele nĂŁo deixou de atuar. âEle estava coordenando os crimes de dentro do presĂdioâ, contou o titular da 2ÂȘ Delegacia de PolĂcia Regional Metropolitana (2ÂȘ DPRM), delegado regional MĂĄrio Souza.
Investigação
Uma tentativa de assalto a uma residĂȘncia no bairro Marechal Rondon, em Canoas, foi o que desencadeou a operação. As vĂtimas estavam entrando na garagem da casa, de carro, quando quatro criminosos invadiram o local. Um homem reagiu e acabou sendo baleado. Ele sobreviveu.
Em outro caso, os bandidos abordaram um motoboy de aplicativo que ia fazer entrega de comida em uma residĂȘncia. A vĂtima, que aguardava o pedido, no bairro SĂŁo JosĂ©, foi rendida pelos criminosos que invadiram o local. Eles furtaram diversos objetos da residĂȘncia.
Na estrutura dessa organização criminosa, estĂĄ alĂ©m dos roubos a residĂȘncias, roubo a veĂculos e tambĂ©m a estabelecimentos comerciais. Todo o bem obtido atravĂ©s do crime era revendido. âJĂĄ identificamos os autores e atĂ© quem comprava esse materialâ, afirmou o pelo delegado Thiago Lacerda, titular da Delegacia de RepressĂŁo ao Crime Organizado (DRACO) de Canoas.
AtĂ© policial foi vĂtima
Um dos alvos era um morador do bairro MĂĄrio Quintana, em Porto Alegre. Ele Ă© acusado de atirar em uma policial civil em fevereiro de 2019 no bairro EstĂąncia Velha, em Canoas. Na ocasiĂŁo, ela estava chegando na casa de familiares, foi surpreendida pelos criminosos e acabou reagindo. Eles revidaram e a agente acabou sendo baleada.
De dentro do presĂdio
De dentro da PenitenciĂĄria de Canoas (PECAN) um dos criminosos continuava mandando assaltar residĂȘncias na cidade. Ele era um dos alvos da Operação PentĂĄgono â deflagrada nesta terça-feira (1°) pela PolĂcia Civil, em conjunto com a Brigada Militar e SuperintendĂȘncia dos Serviços PenitenciĂĄrios (SUSEPE) â.
A investigação acerca dos roubos a residĂȘncias durou 12 meses. Nesse perĂodo, o criminoso que nĂŁo teve o nome divulgado por causa da lei de Abuso de Autoridade, acabou sendo pego pela Brigada Militar (BM). Mesmo assim, ele nĂŁo deixou de atuar. âEle estava coordenando os crimes de dentro do presĂdioâ, contou o titular da 2ÂȘ Delegacia de PolĂcia Regional Metropolitana (2ÂȘ DPRM), delegado regional MĂĄrio Souza.
Quem escolhia as vĂtimas tambĂ©m estava no presĂdio. As ordens eram dadas de dentro da PenitenciĂĄria de Alta Segurança de Charqueadas (PASC).
Contexto da Operação
Cerca de 200 policiais, entre civis e militares â alĂ©m dos agentes da Susepe â participaram da ação. Foram cumpridas 31 ordens judiciais em Alvorada, Canoas, Charqueadas, GravataĂ, Porto Alegre e Sapucaia do Sul.
Ao longo da operação foram apreendidos diversos celulares, documentos e alguns objetos oriundos dos crimes. AtĂ© Ă s 17h, segundo a PolĂcia Civil, quatro criminosos tinham sido presos.
Crime que continuarĂĄ sendo combatido
Tanto a PolĂcia Civil quanto a Brigada Militar enfatizaram que o roubo a residĂȘncia seguirĂĄ sendo combatido com força total no municĂpio. âEsta Ă© mais uma ação que indiretamente visa combater o homicĂdio, pois estas açÔes alĂ©m d abalarem psicologicamente as vĂtimas, pode ter resultado morte durante as açÔesâ, afirmou o Tenente Coronel Jorge Dirceu Filho, comandante do 15° BPM.
JĂĄ o delegado MĂĄrio Souza finalizou afirmando que o roubo a residĂȘncia deve ser fortemente combatido devido Ă gravidade desse delito, quando os criminosos entram nas casas das pessoas e causam prejuĂzos materiais e psicolĂłgicos .â