Avó denúncia que neto, soldado do Exército, está apanhando dentro do quartel

As agressões são filmadas

Uma mulher procurou a Polícia Civil em São Gabriel, na Fronteira Oeste, para denunciar que o neto de 18 anos – soldado do efetivo que presta serviço militar obrigatório no 6° Batalhão de Engenharia de Combate (6° BE Cmb) – vem sendo agredido dentro do Batalhão.

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Ela relatou aos policiais que as agressões começaram há um mês. A mulher desconfiou do comportamento do neto, que mora na mesma casa e foi criado por ela. No celular do jovem, ela encontrou vídeos que mostravam as agressões. O soldado então relatou à avó que as agressões ocorriam diariamente e que ainda recebia os vídeos dizendo que no dia seguinte “teria mais”.

Mesmo com as provas, de acordo com a avó, o jovem teria relutado em denunciar o caso. Depois de convencê-lo, ela o levou até o Hospital do Exército e depois a um psicólogo. O soldado está afastado, por conta de um atestado para tratamento psiquiátrico.

Em nota, o Comando Militar do Sul confirmou a abertura do IPM e ressaltou que o Exército não admite atitudes como essas. Ainda segundo o texto, o soldado e os familiares estão recebendo auxílio.

“O Comando Militar do Sul informa que o Comandante do 6º Batalhão de Engenharia de Combate, com sede em São Gabriel, ao tomar conhecimento do vídeo que mostra agressões a um militar dentro de sua Unidade, determinou a instauração de Inquérito Policial Militar para apurar os fatos. Desde já, o Exército Brasileiro ressalta que não coaduna com esse tipo de atitude. E que o militar que sofreu a agressão e seus familiares estão recebendo toda a atenção e o auxílio necessário por parte do 6º Batalhão de Engenharia de Combate”, diz a nota.

O Comando Militar do Sul reiterou ainda que a investigação está em curso, com direito ao contraditório e à ampla defesa. O prazo de conclusão é de 40 dias, podendo ser prorrogado.

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