CANOAS | Matadores presos pela Polícia Civil também cometeram crimes em Esteio e Sapucaia

Foto: Polícia Civil/Divulgação

Da redação | Os dois homens de 21 e 28 anos que foram presos em flagrante na última sexta-feira (5), em Canoas, e que são acusados de homicídio, estavam tocando o terror na Região Metropolitana.

Conforme a Polícia Civil, a dupla era investigada por envolvimento em diversas mortes em Canoas e em municípios vizinhos. Na última sexta, foram cumpridas quarto ordens de prisão contra os dois investigados. Os suspeitos fazem parte de uma facção criminosa e são considerados os “executores” do grupo.

A investigação teve início em abril, quando dois jovens foram assassinados no bairro Guajuviras. Um deles foi encontrado morto em Nova Santa Rita. A segunda vítima segue desaparecida, mas, diante da ausência de informações, também estaria morta. Outros envolvidos nesse crime foram presos durante a Operação Molothrus em maio.

Além desses crimes citados anteriormente, eles também são acusados de homicídios em Esteio, Sapucaia do Sul, Sapiranga, Parobé e Nova Hartz. “A prisão desses dois suspeitos é um forte golpe na organização criminosa, que perde, de forma severa, dois dos seus principais indivíduos”, comentou o titular da Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP) de Canoas, delegado Thiago Carrijo.

Material apreendido com a dupla (Foto: Polícia Civil/Divulgação)

De acordo com os investigadores da DHPP, eles possuem como modus operandi, a tortura e crueldade contra as vítimas. Só no município de Canoas, os presos são investigados por pelo menos cinco homicídios.

Na prisão, eles foram enquadrados por porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, receptação e adulteração de sinal identificador de veículo.

Operação Molothrus

O objetivo da operação era combater uma facção responsável por homicídios e que se escondia em um dos condomínios do Minha Casa Minha Vida, no bairro Guajuviras. Para isso, eles expulsavam moradores. A ação foi realizada em conjunto pela Polícia Civil e Brigada Militar.

A operação foi realizada no final de maio (Foto: Polícia Civil/Divulgação)

Foram cumpridos nove mandados de prisão temporária e 12 de busca e apreensão no condomínio e também no bairro Niterói. Cerca de 100 policiais estão participando da ação. Dos mandados de prisão, cinco foram cumpridos no condomínio e em uma residência no bairro Niterói. Nessa casa, os policiais também prenderam uma mulher em flagrante por tráfico de drogas. Armas e munições também foram apreendidas. Uma delas, inclusive, estava escondida no depósito da caixa d’água do residencial.

Os alvos da operação eram envolvidos em quatro homicídios e em uma tentativa. Os crimes foram o duplo homicídio do residencial João de Barroo de um homem que foi encontrado morto em Nova Santa Rita e o de outro homem que o corpo ainda não foi encontrado. Já uma vítima, levou oito tiros, mas sobreviveu. “Aqui em Canoas, crime de homicídio não fica sem elucidação”, comentou o Major Dirceu Abreu da Silva que comanda o 15° BPM.

As investigações duraram cerca de três meses. O diretor da 2ª DPRM – Regional de Canoas, delegado Mário Souza, ressaltou que os presos eram acionados para executar rivais, desafetos, e os devedores que são aqueles que compravam drogas, mas não pagavam.

Expulsões

No último ano, segundo o delegado Thiago Carrijo, titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Canoas, cerca de 10 moradores foram expulsos dos apartamentos. “Eles invadiam para manter bases ali. Para isso, eles ameaçavam e faziam coisas para colocar medo nos morados. Os criminosos andavam com armas pelo condomínio, pichavam paredes com o nome de facções, enfim, faziam de tudo para conseguir o local”, salientou.

Os moradores eram expulsos de suas casas após ação violenta dos criminosos (Foto: Polícia Civil/Divulgação)

Além de esconder matadores, o objetivo dos criminosos também é de transformar o local em ponto de venda de drogas. “Eles usam os locais até para depósito de armas e entorpecentes. Vamos tentar coibir o máximo essa prática”, enfatizou o titular da DHPP.

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