Foto: PolĂcia Civil/Divulgação
Da redação | Foi deflagrada na manhĂŁ desta sexta-feira (31) a Operação Molothrus. O objetivo era combater uma facção responsĂĄvel por homicĂdios e que se escondia em um dos condomĂnios do Minha Casa Minha Vida, no bairro Guajuviras. Para isso, eles expulsavam moradores. A ação foi realizada em conjunto pela PolĂcia Civil e Brigada Militar.
Foram cumpridos nove mandados de prisĂŁo temporĂĄria e 12 de busca e apreensĂŁo no condomĂnio e tambĂ©m no bairro NiterĂłi. Cerca de 100 policiais estĂŁo participando da ação. Dos mandados de prisĂŁo, cinco foram cumpridos no condomĂnio e em uma residĂȘncia no bairro NiterĂłi. Nessa casa, os policiais tambĂ©m prenderam uma mulher em flagrante por trĂĄfico de drogas. Armas e muniçÔes tambĂ©m foram apreendidas. Uma delas, inclusive, estava escondida no depĂłsito da caixa dâĂĄgua do residencial.
Os alvos da operação eram envolvidos em quatro homicĂdios e em uma tentativa. Os crimes foram o duplo homicĂdio do residencial JoĂŁo de Barro, o de um homem que foi encontrado morto em Nova Santa Rita e o de outro homem que o corpo ainda nĂŁo foi encontrado. JĂĄ uma vĂtima, levou oito tiros, mas sobreviveu. âAqui em Canoas, crime de homicĂdio nĂŁo fica sem elucidaçãoâ, comentou o Major Dirceu Abreu da Silva que comanda o 15° BPM.
As investigaçÔes duraram cerca de trĂȘs meses. O diretor da 2ÂȘ DPRM â Regional de Canoas, delegado MĂĄrio Souza, ressaltou que os presos eram acionados para executar rivais, desafetos, e os devedores que sĂŁo aqueles que compravam drogas, mas nĂŁo pagavam.
ExpulsÔes
No Ășltimo ano, segundo o delegado Thiago Carrijo, titular da Delegacia de HomicĂdios e Proteção Ă Pessoa (DHPP) de Canoas, cerca de 10 moradores foram expulsos dos apartamentos. âEles invadiam para manter bases ali. Para isso, eles ameaçavam e faziam coisas para colocar medo nos morados. Os criminosos andavam com armas pelo condomĂnio, pichavam paredes com o nome de facçÔes, enfim, faziam de tudo para conseguir o localâ, salientou.
AlĂ©m de esconder matadores, o objetivo dos criminosos tambĂ©m Ă© de transformar o local em ponto de venda de drogas. âEles usam os locais atĂ© para depĂłsito de armas e entorpecentes. Vamos tentar coibir o mĂĄximo essa prĂĄticaâ, enfatizou o titular da DHPP.
Agora, segundo a PolĂcia Civil, os moradores serĂŁo identificados para retornarem as suas casas.
FujĂŁo
Um dos alvos da operação fugiu do MQ3 na noite da Ășltima quinta-feira (30). âEle foi visto por volta das 23h, deixando o local, com uma mochilinha nas costasâ, contou o delegado Carrijo. Contra ele, tambĂ©m hĂĄ um mandado de prisĂŁo que estĂĄ sendo cumprido.