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Canoas
14 de dezembro de 2024

CANOAS | Polícia Civil pede prisão de motorista apontado por ter atropelado e matado corretora de imóveis no Igara

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Da redação | A Polícia Civil pediu a prisão temporária de Tiago Narciso de 25 anos. Ele é apontado como o motorista que atropelou e matou a corretora de imóveis, Cátia de Lurdes Dorneles Ávila de 43 anos, no último dia 3 de março, na Rua Camboatás, no bairro Igara, em Canoas.

Segundo informações do delegado Pablo Queiroz Rocha, que está respondendo pela Delegacia Especializada de Furto, Roubos e Capturas, Tiago estava disputando um racha com uma motocicleta, quando atropelou Cátia. O pedido de prisão considerou o comportamento de Narciso após o atropelamento.

“Ele fez de tudo para atrapalhar as investigações. Além de não prestar socorro, escondeu o carro em um sítio na zona rural de Canoas e tentou, por meio de uma ferramenta remota, apagar mensagens do celular”, ressalta o delegado.

Dados da perícia mostram que no momento do atropelamento, o Vectra que Tiago dirigia, estava a 90km/h. Na Rua dos Camboatás o limite de velocidade é de 40km/h.

Durante a investigação, a Justiça autorizou a apreensão do celular de Narciso. Segundo o delegado, a perícia descobriu que, antes de se apresentar, dois dias depois do atropelameto, o motorista havia pesquisado na internet sobre fiança para crimes envolvendo racha, considerados inafiançáveis pela lei, e informou-se sobre os limites definidos para o tráfego na Rua Camboatás.

Os policiais também encontraram no aparelho vídeos relacionados a corridas criminosas. Testemunhas relataram que já tinham visto o carro conduzido por Tiago em alta velocidade na mesma via.

Como foi o acidente

As câmeras de segurança registraram o momento em que corretora foi atingida pelo Vectra em alta velocidade. Ela recém havia se despedido de um cliente, depois de apresentar a ele um imóvel. As imagens mostram que Cátia ainda olha para os dois lados antes de avançar pela pista. O carro estava na contramão. Ela morreu na hora.

Em depoimento à polícia, Narciso, que trabalha com instalações de internet e mora em Canoas, negou que estivesse disputando racha no momento do atropelamento e disse que não prestou socorro por medo de ser agredido por populares.

Ele deve ser indiciado pelos crimes de homicídio doloso, racha e omissão de socorro. A Polícia Civil deve pedir a prorrogação do prazo para a conclusão do inquérito, porque ainda trabalha na localização do motociclista que estaria participando do racha com Narciso, e pretende ouvir o dono do sítio onde o rapaz escondeu o carro.

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