Foto: Washington Alves/Reuters
AgĂȘncia Brasil | Trinta e nove bombeiros trabalham neste momento em quatro pontos da regiĂŁo de Brumadinho, onde uma barragem de rejeitos da mineradora Vale se rompeu, na expectativa de encontrar sobreviventes da tragĂ©dia. De acordo com o comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais, coronel Edgard Estevo da Silva, os locais incluem um ĂŽnibus e uma locomotiva jĂĄ localizados, um prĂ©dio prĂłximo ao restaurante da Vale e tambĂ©m a comunidade Parque das Cachoeiras.
Durante coletiva de imprensa na manhĂŁ deste sĂĄbado (26), o comandante explicou que 14 aeronaves fazem o trabalho de busca e resgate de vĂtimas, incluindo helicĂłpteros da PolĂcia Militar e da PolĂcia Civil de Minas Gerais e da Força AĂ©rea Brasileira, alĂ©m de uma aeronave cedida pelo estado do Rio de Janeiro. AtĂ© o momento, sete corpos foram resgatados, mas a corporação indicou que outros corpos â pelo menos dois â jĂĄ foram localizados pelas equipes e devem ser recuperados assim que possĂvel; totalizando portanto nove mortes atĂ© o momento.
âEstamos trabalhando com a possibilidade de 354 pessoas desaparecidasâ, disse, citando que a maioria das pessoas ainda nĂŁo localizadas foi cadastrada pela prĂłpria mineradora, entre operĂĄrios e terceirizados.
A partir da próxima segunda-feira (28), cães farejadores devem passar a auxiliar os trabalhos na região onde os rejeitos da barragem foram derramados. Também a partir da próxima semana, tecnologia colocada à disposição pelo governo de Israel poderå ser empregada na localização, por imagem, de corpos que se encontram submersos na lama.
Ărea estabilizada
De acordo com o coordenador da Defesa Civil de Minas Gerais, Evandro Geraldo Ferreira Borges, a ĂĄrea considerada crĂtica na regiĂŁo jĂĄ estĂĄ estabilizada, mas a barragem VI, com ĂĄgua, localizada ao lado da que se rompeu, estĂĄ sendo monitorada de forma constante âem face do risco de rompimentoâ.
Borges destacou que a tragĂ©dia em Brumadinho representa cerca de um quarto do que aconteceu em Mariana (MG) hĂĄ trĂȘs anos, quando uma barragem de rejeitos tambĂ©m se rompeu. Entretanto, o nĂșmero de mortos, desta vez, deve ser maior, jĂĄ que os 13 milhĂ”es de metros cĂșbicos de rejeitos atingiram, alĂ©m da ĂĄrea administrativa da mineradora, a populaçÔes ribeirinhas e moradores da regiĂŁo.
Segundo a Defesa Civil do estado, pelo menos 19 famĂlias foram desalojadas apĂłs o rompimento da barragem, totalizando 60 pessoas hospedadas em hotĂ©is custeados pela Vale.