Da redação | Com o aumento da tarifa unitária do Trensurb a partir desta quarta-feira (13), o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Metroviários e Conexas do Estado (Sindimetrô/RS) criticou o que chama de “tarifaço”. Conforme a entidade sindical, a concessionária afronta os usuários com o aumento do preço de R$ 3,30 para R$ 4,20. Para o Sindimetrô/RS, “milhares de estudantes e trabalhadores que utilizam o trem para deslocamentos diários serão duramente afetados pelo aumento”.
“Os desempregados da região metropolitana de Porto Alegre terão ainda mais dificuldades para conseguir uma nova colocação no mercado de trabalho, uma vez que faltarão recursos para o transporte.”
De acordo com a concessionária, a alteração no valor da tarifa foi calculada “a partir da evolução dos custos operacionais, levando em consideração a necessidade de aproximar a Trensurb de uma situação de equilíbrio – conforme prevê a Política Nacional de Mobilidade Urbana”.
A Trensurb diz que ampliou a rede ferroviária entre 2008 e 2018, o que gerou, por consequência, um aumento no consumo de energia elétrica o efetivo de pessoal. O sindicato acredita que a afirmação é “mal-intencionada”.
“A quantidade de funcionários não aumentou com as novas estações colocadas em operação. Ao contrário, o número tem caído ano após ano”.
O Sindimetrô/RS entende que a Trensurb economizaria recursos se cortasse “o exagerado número de cargos em comissão e de funções gratificadas, que oneram a empresa em mais de R$ 20 milhões por ano”.
O sindicato avalia que o aumento tem como objetivo repassar, em breve, a empresa para a iniciativa privada. “Neste caso, as tarifas são aumentadas para que um futuro comprador assuma o controle com uma boa margem de lucro.