Foto: Ulbra/Divulgação
Da redação | A União solicitou para a justiça que o pedido de recuperação judicial da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra) não seja autorizado. Além disso, ainda pediu que fosse cadastrada como parte interessada no caso.
O juiz Marcelo Tonet, já despachou as solicitações, e determinou a entrada da Fazenda Nacional no processo, argumentando que o órgão é credor da instituição. Porém, ainda não há definição se a recuperação judicial será ou não autorizada pela justiça. No mesmo despacho, magistrado deu 15 dias para a mantenedora da Ulbra, a Aelbra, se manifestar. O objetivo da ação é assegurar o contraditório antes da decisão sobre o pedido.
O advogado da Ulbra no processo, Thomas Dulac Muller, informou que a manifestação será feita nesta segunda-feira (13). Ele ressaltou que os débitos da universidade com a União não entraram no pedido de recuperação judicial porque já estão sendo pagos em renegociação. “A recuperação judicial de uma empresa visa exatamente garantir o pagamento dos credores. São eles que dirão à forma que querem receber. Eles vão definir o destino da empresa”.
A recuperação judicial da Ulbra engloba dívidas financeiras, com fornecedores e trabalhadores. O montante chega a R$ 2,4 bilhões. Outros R$ 5,8 bilhões são as dívidas tributárias já renegociadas. O pedido foi ajuizado na última segunda-feira (6). Se houver o deferimento pela Justiça, a universidade terá 60 dias para apresentar o plano de recuperação judicial para ser aprovado por credores.
Enquanto isso, a instituição afirma que o calendário escolar segue normalmente e trabalha para regularizar o calendário de pagamento de funcionários do administrativo e professores.