Foto: JL Balestrin/GBC
Da redação | A Polícia Civil deflagrou na última quinta-feira (4) a Operação Cercado. Durante a ação, os agentes da 1ª Delegacia de Polícia estouraram um centro de distribuição de drogas no bairro Mathias Velho, em Canoas.
Uma denúncia anônima sobre uma movimentação suspeita em horários incomuns numa residência do bairro chamou a atenção dos policiais. Algumas diligências foram realizadas pelos agentes para identificar locais e pessoas que frenquentavam o local. Após a realização de campanas e pesquisas pertinentes, os policiais da investigação encontraram o possível local onde estaria armazenada uma grande quantia de drogas.
Quando chegaram na residência, os policiais colocaram o pé na porta e o barulho alertou o responsável pelo local. Ele fugiu pelo telhado de residências vizinhas e segundo o delegado Rafael Soares Pereira, que coordenou a ação, esqueceu de levar os documentos. Por isso, o homem já foi identificado.
Maconha de boa qualidade
Durante cumprindo do mandado de busca e apreensão na residência, os policiais apreenderam, aproximadamente, 9 mil porções de maconha de alta qualidade que é chamada popularmente de “Skunk”. Além disso, foram encontrados cerca de 600 pinos de cocaína. Ambas apreensões já estavam embaladas para a distribuição e posterior venda.
As características de embalagem e a qualidade das drogas apreendidas, em conjunto com as informações policiais, indicam que a comercialização do produto se faz, de forma prioritária, na Região Metropolitana e em Porto Alegre, em grandes eventos. Há indícios de que grande parte desse carregamento seria distribuído na Fan Fest, evento este que ocorre no Anfiteatro Pôr do Sol, em Porto Alegre, que reúne cerca de 10 mil pessoas a cada jogo da Copa América.
A grande quantia de droga apreendida, conhecida como “skunk”, tem um alto índice de concentração de THC, muito maior do que a maconha vendida no mercado, esse tipo de droga é produzida em ambiente controlado e requer conhecimentos específicos. Neste contexto, estima-se que cada grama do Skunk apreendido seria comercializado em um valor médio de 50 reais, totalizando um prejuízo aproximado de R$ 400.000,00 ao crime organizado.
Conforme o Delegado Rafael “através do serviço de inteligência da Delegacia, os policiais identificaram o indivíduo responsável pelo armazenamento das drogas localizadas, motivo pelo qual será representada a Prisão Preventiva do mesmo”. A Diretora do Departamento de Polícia Metropolitana, Delegada Adriana Costa, ressalta que “estas ações de combate ao crime organizado de grande porte serão intensificadas pela Polícia Civil, a fim de prosseguir na redução dos índices de criminalidade”.