Foto: Jaime Zanatta/GBC
Da redação | Desde a última terça-feira (27) o terminal da Estação Mathias Velho, do Trensurb, é o assunto da cidade. Difícil encontrar alguma roda de conversa que não discuta o assunto.
Para quem passa pelo local, o comentário é ainda mais forte. Na parada, onde o coletivo da Vicasa foi incendiado por criminosos, ainda há marcas de borrachas e vidros que o fogo não consumiu. Passageiros passam, olham e fazem fotos da cena. Muitos, ainda estão com medo de novos ataques. “Moro na Mathias desde que nasci e nunca vi nada disso. Agora, toda hora que passa alguém estranho, todo mundo se olha com medo”, diz a recepcionista, Barbara Borba.
Nesses primeiros dias pós ataques, até a rotina de alguns usuários mudaram. “Deixo para subir no ônibus quando ele já está saindo. Prefiro ir em pé, do que passar por alguma cena como aquela”, conta a diarista, Cleusa Luciana.
Mudanças
Além do coletivo, o telhado de duas paradas do terminal foi consumido pelas chamas. Por isso, a Prefeitura de Canoas está fazendo uma reforma emergencial no local. Novas telhas, lonas e pintura estão ganhando espaço no local.
Brigada Militar presente para mandar o medo embora
Desde o dia do crime, os policiais do 15° BPM estão dominando o espaço. Eles estão por lá em todos os horários.
Não é só por lá que o policiamento está reforçado. Os policiais militares estão realizando abordagens nos quatro quadrantes do município. “Estamos dando uma reposta para a comunidade de que a Brigada Militar está presente e que não existe uma guerra da criminalidade. Vamos dar essa reposta para que a população siga sua vida normal e saiba que a BM está presente”, finaliza o comandante do 15° BPM.
Investigação
Imagens de câmeras de segurança da região estão sendo analisadas para acompanhar o caminho feito pelos criminosos na chegada e durante a fuga do local. Os investigadores aguardam os laudos do Instituto Geral de Perícias para concluir como começou o fogo.
Os criminosos que são suspeitos de terem participado do ataque já foram identificados pela Polícia Civil. A hipótese da investigação é que o crime tenha sido praticado por até cinco criminosos.
A motivação do crime ainda é desconhecida. Conforme apurado por Agência GBC, durante a madrugada, o caso poderia ter relação com o tráfico de drogas.