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Canoas
15 de dezembro de 2024

Homem acusado injustamente de roubo em Canoas fica quase seis meses na cadeia

Seis meses após ser preso por engano em Canoas, Vilson dos Santos de 45 anos foi solto e inocentado. Ele havia sido preso por engano, em setembro de 2019, por roubo a carro no bairro Harmonia, meses antes da prisão.

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Após o crime, o criminoso entrou em contato com a filha de uma das vítimas. Ele queria se relacionar com ela, mas acabou sendo reconhecido. Com isso, a mãe que foi vítima do bandido, procurou a polícia para denunciar o caso.

Durante as investigação, os policiais encontraram um suspeito com características físicas semelhantes ao do homem preso por engano. A vítima acabou reconhecendo ele através de fotos. Intimado, o morador do Rio Branco foi até uma delegacia e recebeu voz de prisão.

Na época, a reportagem de Agência GBC apurou que o preso tinha negado ser o autor dos assaltos. “Reuni diversas provas. O objetivo era atestar que o que estava acontecendo era um engano”, afirmou o advogado de defesa, Willian Alves.

Uma das provas obtidas eram as características do criminoso. A vítima relatou que o bandido era negro, magro, com altura entre 1,80m e 1,90m e idade entre 25 e 30 anos. “Esses detalhes mostravam a discrepância do caso, já que Vilson tem 1,68 m de altura e 45 anos, além de fisionomia diferente da foto que estava no perfil do WhatsApp que contatou a filha da vítima”, relatou o advogado.

O advogado de defesa, Willian Alves, juntou provas para provar a inocência de Vilson (Foto: Willian Alves/Arquivo Pessoal)

Na reta final de provar inocência do cliente, o advogado também solicitou o cruzamento de informações das linhas telefônicas com as antenas das operadas – processo esse chamado de triangulação –. O objetivo era mostrar que o celular de Vilson não estava no local do crime e nem de onde o criminoso, que não foi preso, estava disparando mensagens para a filha da vítima. “O resultado final mostrou cidades diferentes e distantes”, comentou o advogado.

Mesmo com todas as provas, Vilson seguiu preso até o julgamento que ocorreu no inicio de março. Na sentença, o juiz acatou as evidências apresentadas pela defesa, e absolveu o homem.

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