Mãe que matou e abandonou bebê em contêiner, em Canoas, pariu em casa

Ela ainda disse que não sabia dizer se a criança tinha nascido viva

A mulher que matou e abandonou uma bebê dentro de um contêiner em Canoas foi presa na última sexta-feira (8). Ela disse em depoimento na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) que não sabia da gravidez.

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Além disso, para os policiais, ela contou que não sabe dizer se a criança tinha nascido viva já que ela levou três quedas durante o parto. Para confirmar a veracidade do depoimento, a polícia aguarda a conclusão do laudo que está sendo realizado pelo Instituto Geral de Perícias (IGP).

Como ela foi encontrada

Para chegar na autora do crime, os investigadores analisaram mais de 50 câmeras de segurança. Elas mostram imagens da mulher saindo de casa, no bairro Harmonia, até o momento em que ela joga a criança no contêiner.

Prisão

A mulher foi presa preventivamente por homicídio. A divulgação da prisão dela foi realizada na manhã deste sábado (9).

O titular da DHPP, delegado Thiago Carrijo, informou que a investigação começou logo após o abandono na última quarta-feira (6). “Em menos de 48 horas o caso foi esclarecido”, conta. A prisão foi realizada na última sexta (8).

Já o delegado Mário Souza, diretor da 2ª Delegacia de Polícia Regional Metropolitana (2ª DPRM), afirmou que “a investigação foi complexa e conseguiu esclarecer um grave crime no município. Ressalto também que foi essencial o apoio do Instituto Geral de Perícias na investigação”.

A presa será encaminhada para o sistema prisional.

O caso

A criança foi encontrada por um papeleiro, que pediu ajuda em um estabelecimento nas proximidades. A menina estava enrolada em roupas femininas, ainda com o cordão umbilical e com um algodão na boca. De acordo com o delegado Pablo Rocha, que atendeu a ocorrência, o bebê estava morto há menos de 24 horas.

Em 2020, três crimes contra crianças

Essa ocorrência trata-se do terceiro caso de encontro de recém-nascido em 2020 na cidade. Conforme mostrou Agência GBC, em janeiro, um bebê foi encontrado morto em uma lixeira da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24 horas da Av. Boqueirão.

Na ocasião, a mãe, uma adolescente de 15 anos, colocou a criança no compartimento. Ela foi até a UPA depois de se queixar de fortes dores abdominais e sangramento. Aos médicos, ela disse que não estava grávida.

Em abril, um bebê foi achado em uma parada de ônibus, na Av. Santos Ferreira, no bairro Estância Velha. A criança, que sobreviveu, foi encaminhada ao Hospital Universitário (HU). Desde o fato, diversas pessoas relataram o desejo de adotar o bebê.

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