A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Canoas informou na manhã deste sábado (9) que prendeu a mulher acusada de assinar um bebê. A criança foi abandonada em um contêiner de lixo.
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Ainda não há detalhes sobre a identidade da acusada e nem sobre a motivação do crime. Ela foi presa preventivamente por homicídio.
O titular da DHPP, delegado Thiago Carrijo, informou que a investigação começou logo após o abandono na última quarta-feira (6). “Em menos de 48 horas o caso foi esclarecido”, conta. A prisão foi realizada na última sexta (8).
Já o delegado Mário Souza, diretor da 2ª Delegacia de Polícia Regional Metropolitana (2ª DPRM), afirmou que “a investigação foi complexa e conseguiu esclarecer um grave crime no município. Ressalto também que foi essencial o apoio do Instituto Geral de Perícias na investigação”.
A presa será encaminhada para o sistema prisional.
O caso
A criança foi encontrada por um papeleiro, que pediu ajuda em um estabelecimento nas proximidades. A menina estava enrolada em roupas femininas, ainda com o cordão umbilical e com um algodão na boca. De acordo com o delegado Pablo Rocha, que atendeu a ocorrência, o bebê estava morto há menos de 24 horas.
Em 2020, três crimes contra crianças
Essa ocorrência trata-se do terceiro caso de encontro de recém-nascido em 2020 na cidade. Conforme mostrou Agência GBC, em janeiro, um bebê foi encontrado morto em uma lixeira da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24 horas da Av. Boqueirão.
Na ocasião, a mãe, uma adolescente de 15 anos, colocou a criança no compartimento. Ela foi até a UPA depois de se queixar de fortes dores abdominais e sangramento. Aos médicos, ela disse que não estava grávida.
Em abril, um bebê foi achado em uma parada de ônibus, na Av. Santos Ferreira, no bairro Estância Velha. A criança, que sobreviveu, foi encaminhada ao Hospital Universitário (HU). Desde o fato, diversas pessoas relataram o desejo de adotar o bebê.