O prefeito de Cachoeirinha, Miki Breier, protocolou neste domingo (21) um recurso diante da classificação da região em bandeira vermelha. Segundo o chefe do Executivo, o pedido de reconsideração é fundamentado pelo número de casos que necessitaram dos leitos de tratamento intensivo e pela estrutura do hospital de campanha da cidade. Atualmente, a unidade conta com três pacientes internados, nenhum com necessidade de UTI, de um total de 63 leitos.
Cachoeirinha está situada na região de Porto Alegre, composta, ao todo, por 25 municípios. Para atualizar a classificação de risco, o Estado considera a região. Segundo o governo gaúcho, o número de hospitalizações confirmadas para Covid-19 registrado nos últimos 7 dias apresentou um crescimento de 54% entre as duas semanas, passando de 89 para 137. Com isso, o indicador apresentou bandeira preta, sinalizando uma situação de elevada preocupação.
As prefeituras tiveram 24 horas desde o anúncio da bandeira para apresentar recurso. Os dados apresentados serão avaliados pelo Gabinete de Crise do Estado na segunda-feira (22). No mesmo dia, na parte da tarde, o governador Eduardo Leite divulgará as bandeiras definitivas, que passam a valer a partir de terça (23).
Bandeira vermelha: quais são as principais restrições?
Sob bandeira vermelha, o comércio de rua só pode funcionar para vender itens essenciais (artigos de saúde, alimentos, higiene, entre outros), e desde que com limitação de 50% no número de funcionários. Os demais tipos de estabelecimento devem permanecer fechados.
Nos shoppings, também só fica liberado o acesso a serviços como supermercados, farmácias e lavanderias, com 25% dos empregados. Restaurantes não podem receber clientes, apenas funcionar por telentrega, drive-thru ou retirada.