A Secretaria Municipal de SaĂșde de Porto Alegre informou na tarde deste sĂĄbado ao 200ÂȘ morte por coronavĂrus. O paciente era um homem de 80 anos.
Conforme a pasta, o Ăłbito ocorreu na Ășltima sexta-feira (17). O paciente tinha histĂłrico de hipotireoidismo, internado no Hospital Vila Nova desde o dia 10.
Capital pode ter lockdown
Pelas redes sociais, o prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan, admitiu a possibilidade de Porto Alegre adotar um lockdown nas prĂłximas semanas. A decisĂŁo serĂĄ tomada se o Ăndice de isolamento social nĂŁo aumentar e, consequentemente, diminuir o ritmo de internaçÔes de pacientes graves.
Na Ășltima sexta-feira (17), Marchezan se reuniu com gestores de hospitais. Ele ouviu que hĂĄ pouca margem para novas ampliaçÔes em Unidades de Terapia Intensiva (UTI). A categoria tambĂ©m falou que estĂĄ no limite da capacidade de atendimento, com dificuldades para conseguir profissionais de saĂșde habilitados, equipamentos e medicamentos. Esse conjunto de medidas forçaria medidas mais rigorosas de restrição Ă circulação. âInfelizmente, sĂł o que nos resta Ă© buscar que cada um faça um esforço individual para que a gente diminua a circulação e a demanda por leitos ou que a gente adote, com a colaboração de todos, durante a semana que vem, se o nosso isolamento nĂŁo prosperar, um lockdownâ, comentou.
A intenção da administração municipal Ă© adotar essa medida com uma mĂnima base de apoio social, incluindo população, imprensa e representantes do empresariado. Por isso, na reuniĂŁo com os gestores hospitalares, pediu que eles ajudem a conscientizar as pessoas sobre a gravidade do atual estĂĄgio da pandemia. Em seguida, se reuniu com lĂderes de entidades empresariais para detalhar a situação e preparar caminho para um eventual lockdown.
Aumento nas hospitalizaçÔes
Porto Alegre tem 748 leitos na cidade, contra 525 antes da pandemia. Marchezan ressaltou que Porto Alegre é, hoje, a segunda capital com maior proporção de vagas de UTI por habitante.
O problema Ă© que, apenas ao longo da Ășltima semana, o avanço na demanda por UTIs foi de 24% em um cenĂĄrio jĂĄ sobrecarregado. Na tarde de sexta, havia um nĂșmero recorde de 260 pessoas com covid-19 sob tratamento intensivo, e em meio a uma ocupação geral de 88,8%. Essa quantidade de pacientes com exame positivo superou o teto intermediĂĄrio de 255 leitos previstos para covid no plano de contingĂȘncia do municĂpio, e projeçÔes indicam que o limite mĂĄximo de 383 pode ser ultrapassado no dia 30 de julho se a atual velocidade do vĂrus se mantiver.