Mais um líder da facção “Os Manos” é preso; ele estava no Paraguai

Foragido, o traficante está condenado a 71 anos de prisão

Mais um dos líderes da facção “Os Manos” foi preso. Fabrício Santos da Silva de 37 anos – conhecido popularmente como Nenê – foi encontrado na manhã desta terça-feira (4) em um condomínio na Zona Nobre de Hernandarias na fronteira do Paraguaí com o Brasil. A ação foi conjunta entre as polícias federal brasileira e a paraguaia.

O traficante Ele fugiu após ganhar prisão domiciliar por integrar o grupo de risco da covid-19. Ele rompeu a tornozeleira eletrônica e escapou.

Nenê é apontado como líder de uma facção criminosa que tem base no Vale do Sinos e se expandiu pelo Rio Grande do Sul, ganhando força e comando até dentro dos presídios. A facção é a mesma que tem líderes que lavaram dinheiro adquirindo uma fazenda no Mato Grosso com área quase três vezes o tamanho de Porto Alegre.

Fabrício Santos da Silva, o Nenê, 37 anos, líder de uma facção criminosa que atua no Rio Grande do Sul, foi preso nesta terça-feira (4) em um condomínio na zona mais nobre de Hernandarias, na Região Metropolitana de Ciudad del Este, na fronteira do Paraguai com o Brasil. A captura foi resultado de cooperação entre as polícias federal brasileira e e paraguaia.

Histórico de prisões

Em setembro de 2005, Fabrício foi preso em flagrante na cidade de Santa Maria do Herval após assalto a banco e confronto com a Brigada Militar (BM). Três pessoas morreram na ocorrência, sendo dois criminosos. Ele também é acusado da morte de um PM à paisana em Sapiranga no ano de 2012.

Já em novembro de 2013, quando estava foragido, foi preso por policiais federais no aeroporto de Foz do Iguaçu, tentando embarcar para Florianópolis com documentos falsos. Em 2014, a esposa do criminoso foi sequestrada. Investigação apontou que um outro detento da Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (Pasc) ordenou o crime e que Nenê pagou R$ 400 mil pela sua libertação.

Quando estava preso, ele foi um dos detentos que comandou a escavação de um túnel para fuga em massa do Presídio Central, em 2017. No mesmo ano, foi um dos 27 transferidos para presídios federais na Operação Pulso Firme. Ele tinha sido encaminhado para Mossoró, no Rio Grande do Norte, mas retornou ao Rio Grande do Sul três meses depois.

Prisão domiciliar por causa do coronavírus

Na decisão judicial que determinou o benefício da prisão humanitária ao apenado, constava o fato de que ele possui doença grave. Segundo exames e laudos médicos, o detento tem uma doença neurológica que provoca dor aguda e desmaios. Por isso e pelo fato de ser hipertenso, a Justiça decidiu pela prisão domiciliar em Estância Velha.

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