Um dos líderes do tráfico de drogas de Canoas é transferido para presídio fora do RS

O criminoso é considerado de alta periculosidade e comanda uma facção em Canoas

Ubirajara da Silva Barbosa, mais conhecido como Bira, foi um dos nove criminosos transferidos para presídios federais nesta segunda-feira (9). Ele é um dos principais líderes da facção “Os Abertos” e coordena a atuação do grupo em Canoas.

Bira, tem antecedentes por homicídios, roubos, tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. Ele também é acusado de envolvimento no assassinato do traficante Cristiano Souza da Fonseca, o Teréu, dentro da Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (Pasc), em 2015, crime pelo qual foi enviado pela primeira vez para uma penitenciária federal fora do RS. Voltou ao Estado, mas foi transferido outras duas vezes — o retorno mais recente ocorreu em fevereiro deste ano.

Ubirajara soma, em condenações, 80 anos de pena. Ele ainda precisa cumprir 49.

Operação Império da Lei II

Conforme a Secretaria de Segurança Pública (SSP-RS), a ação é uma resposta das autoridades em relação as ações violentas que voltaram a ocorrer nos últimos meses, dentro e fora das cadeias, principalmente no Interior. “Temos conseguido manter os indicadores em queda, mais ainda dois terços dos homicídios são decorrentes de disputas de organizações criminosas. Enquanto isso persistir, nós vamos seguir com essa postura de não admitir e vamos transferir”, afirmou o vice-governador e secretário de Segurança Pública, Ranolfo Vieira Júnior. 

Os escolhidos começaram a ser retirados de casas prisionais, como o Presídio Central, e de celas da Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (Pasc) às 22h de domingo (8). Reunidos na Penitenciária Modulada Estadual de Charqueadas, saíram escoltados em comboio terrestre às 4h15min desta segunda-feira em direção ao Batalhão de Aviação da Brigada Militar, ao lado do aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre.

Os presos transferidos nesta segunda-feira embarcarão em uma aeronave da Polícia Federal. O destino de cada um ainda não foi informado pela SSP.

A Império da Lei II teve participação de 15 instituições estaduais e federais. Pelo RS, além da SSP e da Seapen, atuaram Brigada Militar (BM), Polícia Civil (PC), Instituto-Geral de Perícias (IGP), Corpo de Bombeiros Militar (CBMRS), Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe), Ministério Público e Poder Judiciário. Pela União, além do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), somaram-se esforços da Polícia Federal (PF), da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

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