A Polícia Civil desconfia que a madrasta, 28 anos, que espancou o enteado, 1 anos e seis meses, até a morte, na última sexta-feira (6), em Canoas, torturava a criança. O bebê deu entrada na UPA Boqueirão já sem vida. A madrasta foi presa em flagrante.
Segundo a polícia, a equipe médica tentou reanimar a criança, porém, não foi possível. Assim que os médicos perceberam quer o menino poderia ter sido espancado, devido à gravidade dos ferimentos, acionaram a Brigada Militar e a Polícia Civil.
A madrasta contou diversas versões da história para os policiais. A criança apresentava ferimentos nas costas e na cabeça, o que levou à suspeita de que o menino fora espancado.
Segundo a polícia, a equipe de investigação foi até a casa da mulher, bairro Guajuviras, e ouviu das vizinhas que presenciaram a madrasta espancando a criança no início da manhã e que o menino chegou a cair de cara no chão. Elas relataram, também, que viram que o menino voltou caminhando para dentro de casa, e os policiais suspeitam que ele possa ter sido agredido novamente lá dentro.
Além da das vizinhas, a polícia também ouviu a irmã mais velha do menino, a criança tem 6 anos, e presenciou tudo. Ela revelou para os policiais que o irmão era espancado pela mãe com frequência.
“Ela nos contou que o irmão acordou e a mãe tinha batido nele, que ele tinha desmaiado. Uma coisa que chamou a minha atenção é que criança não percebeu que o irmão tinha morrido. Para ela, o menino tinha desmaiado, mas ela não estava apavorada, pois aquilo era algo normal. Ela mostrou com gestos os locais onde a mãe bateu no irmão e eles conferem com as lesões”, afirma o delegado Pablo Rocha, da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA).