Golpista de Canoas vivia em apartamento de luxo no Centro

Ele liderava uma quadrilha que vendia identidades para crimes na internet.

Hackers estavam atuando em Canoas e aplicando crimes em diversos estados a partir de um “QG” montado em um apartamento de luxo no centro da cidade. Eles foram presos após investigação da 1ª Delegacia de Polícia de Canoas, coordenados pelo Delegado Rafael Pereira.

Leia mais notícias de Canoas

Segundo apurou a investigação, eles atuavam em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná e Bahia, mas sempre através da internet, da estrutura Canoas. Os vizinhos achavam que no local haviam Investidores do Mercado de Capitais e empresários.

Eles conseguiam os dados pessoais de uma vítima e faziam um empréstimo no nome dela sem o seu conhecimento. O dinheiro era enviado para contas de laranjas. Quando as vítimas são cobradas pela financeira por falta de pagamento do empréstimo, não havia mais tempo para recuperar o dinheiro. Os golpistas vendiam CPFs para movimentos fraudulentos e sem restrição de crédito na abertura de contas.

Segundo do Diretor da 2ª Delegacia de Polícia Regional Metropolitana, Delegado Regional Mario Souza, a pandemia de Covid-19 fez crescer esse tipo de crime. “Na pandemia os golpes na internet aumentaram e a população deve ficar atenta: não fornecendo senhas por telefone ou aplicativo de mensagem para ninguém, não fornecendo dados, não ligando de volta para nenhum número que tenha lhe ligado para pedir alguma confirmação. A pessoa deve ter contato no posto de atendimento oficial do órgão público ou comércio, ou entrar em contato somente por canais oficiais”, alerta.

O mandado de busca para combater o crime de estelionato apreendeu ouro, relógios de luxo, celulares, calçados e dinheiro. Segundo a política, os itens são fruto dos golpes. O grupo utilizava duas centrais com computadores profissionais que também foram apreendidos. Três indivíduos foram presos em flagrante delito por crime de receptação, entre eles um homem identificado como o líder do grupo criminoso, que vivia disso há 10 anos. As investigações continuam para identificar outros integrantes da quadrilha.

MATÉRIAS RELACIONADAS

MAIS LIDAS

error: Conteúdo protegido!