A PolĂcia Civil prendeu o criminoso apontado como serial killer por assassinar e roubar ao menos trĂȘs homossexuais em Santa Catarina e Curitiba. O suspeito, de 33 anos, vulgo Japa, foi capturado na manhĂŁ deste sĂĄbado (29) na Capital do ParanĂĄ.
âEle teve a frieza de falar para uma vĂtima, enquanto ela estava sob seu poder, de que ele era o coringa. A vĂtima atĂ© o questionou. Ele falou: eu gosto de matar, eu mato porque eu gosto. Tudo leva a crer que a gente estĂĄ sim diante de um psicopata ou um serial killerâ, afirmou o delegado Thiago NĂłbrega, encarregado das investigaçÔes no ParanĂĄ, em entrevista ao jornal NotĂcias do Dia, de Santa Catarina.
A identificação dele foi possĂvel graças a uma quarta vĂtima, que sobreviveu e auxiliou as investigaçÔes. Imagens de cĂąmeras de monitoramento tambĂ©m contribuĂram para o trabalho policial.
HistĂłrico do criminoso
Foragido no ParanĂĄ e em Santa Catarina, Japa Ă© suspeito de matar um professor universitĂĄrio, de 36 anos, no dia 16 de abril, em Abelardo Luz, na regiĂŁo Oeste de Santa Catarina. JĂĄ as outras vĂtimas, um enfermeiro de 30 anos e um estudante universitĂĄrio de 25 anos, foram assassinados respectivamente no dia 27 de abril e no dia 4 deste mĂȘs em Curitiba. As mortes foram por asfixia, sendo que as vĂtimas estavam amarradas e em cima das camas.
Uma semana depois, no Ășltimo dia 11, o serial killer teria tentado assassinar a quarta vĂtima no bairro Bigorrilho, em Curitiba, que sobreviveu e ajudou a reconhecĂȘ-lo.
Como eram os crimes
Os agentes responsĂĄveis pelas investigaçÔes descobriram que o suspeito nĂŁo tinha relaçÔes sexuais com as vĂtimas. Ele marcava encontros por meio de aplicativos de conversação com o mesmo perfil de vĂtimas: jovens gays que moravam sozinhos. Nas casas das vĂtimas, o criminoso aproveitava o momento em que estavam distraĂdas e aplicava um golpe mata-leĂŁo, sufocando-as. Em seguida, ele aproveitava para roubar pertences, como computadores e celulares.
Japa possui dois filhos e deixou o emprego que trabalhava em março deste ano. Ele tem antecedentes por roubos em 2015 e 2019, além de uma medida protetiva por uma ex-namorada.