MAIS DE 50 MORTES: queda de avião no morro do chapéu em Sapucaia do Sul faz 71 anos

Foi o maior desastre aéreo da história do Rio Grande do Sul.

No dia 28 de julho de 1950, um avião saiu do Galeão e deveria pousar na Base Aérea de Canoas, mas foi cancelado em função da chuva e do nevoeiro. Mas ele nunca chegou ao seu destino. Sem contato com a torre, o Constellation, um quadrimotor da Panair, colidiu com o Morro do Chapéu, que fica entre Gravataí e Sapucaia do Sul. 

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Na mesma época acontecia no Brasil a Copa do Mundo de Futebol. Porto Alegre era uma das sedes, com o estádio dos Eucaliptos, do Internacional. Grande parte dos 51 mortos no acidente vinham do Rio de Janeiro para assistir aos jogos. 

Afonso Apolinário da Silva, hoje aposentado, tinha apenas 9 anos quando viu o avião cair nos fundos da sua casa. Como estava chovendo durante a noite, ele foi até o local apenas na manhã seguinte. “Era um cenário cheio de gente. Tinha gente lá embaixo do morro, mais de mil pessoas (trabalhando). Gente morta para todos os lados, notícias de 50 pessoas que morreram. Ficava nervoso”, relembra. 

Afonso Apolinário da Silva ainda tem peças do avião guardadas. Foto: Jaime Zanatta/GBC.

Ainda segundo a memória de Afonso, foram dois dias de chamas e um mês de trabalho para retirada dos corpos e dos destroços da aeronave. O acidente trouxe diversas mudanças para a aviação. 

A Base Aérea de Canoas, na época, tinha pistas longas e pavimentadas para receber aeronaves maiores. Porém, o Aeródromo São João, que mais tarde se tornou Aeroporto Salgado Filho, possuía instrumentos para auxiliar nos pousos quando as condições climáticas eram ruins. Em função do desastre, as obras de melhorias paralisadas em função da 2ª Guerra Mundial foram retomadas e um novo terminal foi construído. 

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