Criminosos da facção ‘Bala na Cara’ são presos por matarem rivais em Canoas

Além de Canoas, eles também mataram outros criminosos de Cachoeirinha e Sapucaia do Sul

A Polícia Civil deflagrou a Operação Cidade de Deus para prender criminosos da facção ‘Bala na Cara’. Eles são acusados de, pelo menos, 31 homicídios praticados contra rivais em Canoas, Cachoeirinha, Gravataí, Guaíba, Eldorado do Sul, Porto Alegre, Sapucaia do Sul e Taquara.

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Os investigadores chegaram até esses criminosos após uma colaboração premiada. Nela, foram indicados 79 membros da facção – considerada uma das maiores do Rio Grande do Sul – que integram diversos núcleos interligados, mas que atuam em diferentes áreas.

Conheça os núcleos

Um núcleo de crimes violentos e tráfico de drogas, em que os executores dos homicídios recebiam como “prêmio” pontos de venda de drogas para administrarem, assim como adquiriam facilidades para aquisição de armas e drogas que lhes rendiam maior lucro e poder. Em suma, a violência alimentava o tráfico de drogas e os executores mais audaciosos eram beneficiados pela facção com os pontos mais rentáveis.

Outro núcleo atuava em jogos de azar (bingos e máquinas de caça-níquel), atividade que rendia à organização criminosa tanto ou mais lucro que o tráfico de drogas, com a vantagem de que a administração é menos violenta, não trazendo perdas com ataques de grupos inimigos ou apreensão de drogas e armas pela polícia. A atuação em contravenções ligadas aos jogos de azar tem como área de abrangência o sul do estado, região metropolitana, capital e litoral. Antigos chefes dos jogos de azar foram obrigados a dividir lucros com a facção ou tiveram seus pontos tomados com uso de violência e ameaças.

Ainda, foi identificado dentro da organização criminosa um núcleo político. Nesse sentido, a facção tinha como plano a infiltração de membros na esfera política, com intuito de defender os interesses da organização perante o Poder Público. O plano teve início com a eleição de um vereador em Cachoeirinha. A campanha foi caracterizada por ameaças e violência contra opositores, além de pressão contínua e troca de favores com eleitores de comunidades carentes da cidade.

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