Mais de 35 pessoas são indiciadas por festa onde moradora de Canoas morreu

Ela morreu após cair do deck que desabou.

A Polícia Civil indiciou 38 pessoas que vão responder por uma festa de julho deste ano na Ilha das Flores, em Porto Alegre, que terminou na morte de uma moradora de Canoas. Destas, cinco são acusadas de homicídio.

A moradora de Canoas, Ana Elisa Andrade Genaro Oliveira de 26 anos, morreu no local após cair no Delta do Jacuí. Segundo o Hospital de Pronto-Socorro de Porto Alegre (HPS), ela não resistiu às complicações do período que ficou submersa na água. A Polícia Civil segue investigando o desabamento do deque.

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De acordo com a investigação, testemunhas relataram que mais de 100 pessoas estavam nesse evento. Destas, entre 10 e 15 caíram na água. Em cima da estrutura que desabou, foi montada uma pista de dança. Uma mesa de som onde se apresentavam DJs também estava no deck, além de diversas mesas e cadeiras.

O Instituto Geral de Perícias (IGP) divulgou que uma constatação inicial, feita pelos peritos no local, indica que a estrutura teria se rompido devido ao excesso de peso causado pela aglomeração. “Havia pontos no entorno da estrutura rompida, o que indica falhas de conservação. A perícia fez o levantamento fotográfico das peças que foram rompidas além da medição dos elementos da estrutura. A parte que ruiu tem aproximadamente 50 metros quadrados”, indica o instituto. 

O projeto estrutural do deck também foi requisitado para análise. O documento deverá indicar o peso máximo que a estrutura poderia comportar e a informação será confrontada com uma estimativa de peso das pessoas que estavam no local no momento do desabamento. O espaço foi analisado pela Seção de Engenharia do Departamento de Criminalística (DC) do IGP.

Para o jornal Correio do Povo, a defesa do proprietário do local informou que o empreendimento possuía alvará de funcionamento e Plano de Prevenção Contra Incêndio. O advogado também assegurou que o número de pessoas estava dentro das normas e a manutenção da estrutura era realizada periodicamente.

De acordo com a família, Ana morava em Canoas. Natural de Minas Gerais, ela estudava Veterinária na Ulbra. Ela foi a única encaminhada ao HPS após o resgate, e apresentava o quadro de saúde mais grave – tendo sido submetida a um processo de reanimação cardiorrespiratória assim que foi retirada da água.

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