INVESTIGAÇÃO: Polícia apura se corpo encontrado em decomposição na praia é do menino Miguel

Criança foi morta pela mãe e jogada no Rio Tramandaí.

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Uma ossada foi encontrada na manhã deste domingo (24) próximo à plataforma de Cidreira, no Litoral Norte Gaúcho. Devido ao avançado estado de decomposição, a Brigada Militar e o Corpo de Bombeiros do RS afirmaram que ainda não é possível definir a identidade.

O local foi isolado e a Polícia Civil foi acionada para pedir uma análise do Instituto Geral de Perícias (IGP), que irá definir se a ossada é humana ou não. Se a ossada for humana, exames poderão apontar se ela pertence ao menino Miguel, desaparecido desde o dia 27 de julho e que, segundo a mãe, teria sido jogado no Rio Tramandaí.

Relembre o caso

Yasmin Vaz dos Santos foi presa em flagrante após procurar a delegacia de Imbé para comunicar o desaparecimento do filho Miguel. Ao longo da conversa com os policiais, ela confessou que dopou a criança e jogou no rio.

De acordo com a polícia, a mulher disse que não tinha nenhum sentimento pelo filho e deu fluoxetina para a criança antes de colocar o corpo em uma mala. Em seguida, ela saiu com a companheira e na beira do rio, tirou o filho da mala e arremessou no rio. Ela não sabe se ele estava morto.

A mãe e a madrasta de Miguel, Bruna Nathiele Porto da Rosa, de 23 anos, foram indiciadas pela Polícia Civil no dia 7 de agosto. Elas vão responder por tortura, homicídio duplamente qualificado e ocultação de cadáver. Todos os crimes têm agravantes por se tratar de uma criança menor de 14 anos de idade e por ser contra um descendente. 

Depois de presa, Bruna chegou a tentar suicídio na Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba e foi transferida para o Instituto Psiquiátrico Forense, em Porto Alegre. O local recebe criminosos com doenças mentais que cumprem medida de segurança.

Defesa nega culpa

Agência GBC ainda tenta contato com a defesa, mas sem sucesso até o momento. Para GZH, o advogado de Yasmin, Jean Severo, afirma que ela se declara inocente e que tem sido coagida a confessar o crime. Segundo ele, a acusava vai apresentar sua versão para o juíz.

A defesa de Bruna também falou com GZH. A advogada Helena Von Wurmb afirmou: “quanto às provas produzidas até o presente momento, fica claro que nenhuma serve a comprovar nenhum envolvimento da Bruna no homicídio do Miguel. Assim, como elas afirmam, reafirmamos, a Bruna não teve nenhum envolvimento na morte do menino”.

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