Yasmin Vaz dos Santos de 26 anos, presa em flagrante por homicídio após procurar a delegacia de polícia de Imbé, no Litoral Norte, para comunicar o desaparecimento do filho na noite da última quinta-feira (29), disse que não sentia nenhum sentimento pelo filho. Ao longo da conversa com os policiais, ela confessou que dopou a criança e jogou o corpo no Rio Tramandaí.
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De acordo com a polícia, a mulher disse que deu fluoxetina para a criança e depois colocou o corpo em uma mala. Em seguida, ela saiu com a companheira e na beira do rio, tirou o filho da mala e arremessou no rio. Ela não sabe se ele estava morto. O corpo ainda não foi encontrado.
A companheira não foi presa. De acordo com o delegado responsável pelo caso, Antônio Carlos Ractz, há indícios de que ela sofra de problemas mentais. Por isso, responsabilidade dela será apurada ao longo da investigação.
No depoimento, a mãe alegou que o menino era teimoso e que se negava a comer. Segundo o delegado, ela mesma relatou torturas físicas e psicológicas que eram sofridas pela criança. Ela também relatou ao delegado que decidiu registrar o caso como desaparecimento porque acreditou que assim o crime não seria descoberto. O garoto seria o único filho dela.
Durante o interrogatório, segundo o delegado, ela não demonstrou nenhum sentimento pelo filho. “Ela narrou que, de muito tempo para cá, ela não nutria nenhum sentimento pelo filho. Era um estorvo para ela, inclusive para a relação com a companheira. O que a revoltou nos últimos dias é que a criança não comia e teria urinado e evacuado nas roupas. Isso teria causado a ira dela”, relata o delegado.
A reportagem de Agência GBC busca contato com a defesa de Yasmim, mas ainda não obteve retorno.