CASO MIGUEL: madrasta diz que mãe é a responsável pela morte do filho de 7 anos

Corpo do menino foi jogado no Rio Tramandaí.

Durante depoimento na última sexta-feira (19), a madrasta de Miguel dos Santos Rodrigues, Bruna Nathiele Porto da Rosa, colocou a responsabilidade da morte do menino na mãe da criança, Yasmin Vaz dos Santos Rodrigues. Segundo a madrasta, Yasmin agredia “constantemente” o filho. As duas estão presas e responsem por tortura, homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver.

Segundo ela, a criança, de apenas 7 anos, foi brutalmente agredida no dia 27 de julho. Depois, Miguel foi dopado e elas o colocaram dentro de uma mala, depois de ficar trancado durante horas em um poço de luz. O menino está desaparecido desde o dia 29 de julho, quando o Corpo de Bombeiros iniciou as buscas que acabaram de encerrando no dia 14 de setembro.

Questionada pelo juiz e pelo promotor de Justiça por não impedir a ação, ela disse que Yasmin lhe ameaçava. “Ela sabia exatamente como me controlar”, acusou.

Para GZH, a defesa de Bruna reafirma a inocência da sua cliente e afirma que estuda pedir a anulação do processo, já que três policiais que não estavam arrolados foram ouvidos. Já a defesa de Yasmin pediu sujspeição do juiz do caso, pois ele se emocionou ao ouvir o relato do que havia sido feito com o corpo do menino.

Relembre o caso

Yasmin Vaz dos Santos foi presa em flagrante após procurar a delegacia de Imbé para comunicar o desaparecimento do filho Miguel. Ao longo da conversa com os policiais, ela confessou que dopou a criança e jogou no rio.

De acordo com a polícia, a mulher disse que não tinha nenhum sentimento pelo filho e deu fluoxetina para a criança antes de colocar o corpo em uma mala. Em seguida, ela saiu com a companheira e na beira do rio, tirou o filho da mala e arremessou no rio. Ela não sabe se ele estava morto.

A mãe e a madrasta de Miguel, Bruna Nathiele Porto da Rosa, de 23 anos, foram indiciadas pela Polícia Civil no dia 7 de agosto. Elas vão responder por tortura, homicídio duplamente qualificado e ocultação de cadáver. Todos os crimes têm agravantes por se tratar de uma criança menor de 14 anos de idade e por ser contra um descendente. 

Depois de presa, Bruna chegou a tentar suicídio na Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba e foi transferida para o Instituto Psiquiátrico Forense, em Porto Alegre. O local recebe criminosos com doenças mentais que cumprem medida de segurança.

Agência GBC ainda tenta contato com a defesa, mas sem sucesso até o momento.

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