Casal é preso liderando facção de Canoas que caçava, matava e vendia animais

Até o momento, 14 pessoas foram presas

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A Polícia Civil desarticulou uma organização criminosa na manhã desta quinta-feira (25) que era responsável pela caça ilegal, tráfico de animais e armas. Com o apoio da Brigada Militar, 14 pessoas foram presas, entre eles, o casal que é líder da facção. Os dois foram presos em uma residência de luxo em Sapucaia do Sul.

O grupo começou a ser investigado há seis meses após a denúncia anônima de uma ONG. Os policiais apuraram que eles criaram grupos de WhatsApp e lojas virtuais em redes sociais para realizar a venda clandestina dos animais. Eles tinham até tabela de preços. Uma tartaruga era vendida por R$ 150, pássaros por R$ 2,5 mil e cobras por R$ 1 mil. Alguns dos animais estão ameaçados de extinção.

Pelo menos, dois dos principais caçadores do grupo, foram identificados e presos. Um era de Canoas e outro de Barra do Ribeiro. Pelas redes sociais, os policiais descobriram diversas fotos e vídeos de abates de animais e ofertas de vendas de cobras, iguanas, macacos, saguis, tartarugas, ouriços, jabuti e vários tipos de pássaros. Em um adas imagens, o caçador se vangloria de um veado e grava o bicho agonizando.

Em trocas de mensagens, alguns vendedores mostram dezenas de gaiolas com aves, além de fazerem até promoções para quem fosse comprar mais de cinco ou 10 animais. Entre as aves mais procuradas estão cardeal, coleiro, canário da terra, trinca ferro, papagaios, entre outros.

Operação Arca

Segundo o delegado Mário Souza, diretor da 2ª Delegacia de Polícia Regional Metropolitana (2ª DPRM), essa foi a maior ofensiva desde que a Arca foi instituída em 2019. “É histórico o que fizemos aqui hoje”, conta. Foram mais de 230 policiais envolvidos na ofensiva que aconteceu em 14 cidades. São elas: Porto Alegre, Gravataí, São Leopoldo, Novo Hamburgo, Cachoeirinha, Viamão, Minas do Leão, Barra do Ribeiro, Canoas, Sapucaia do Sul, Parobé, Portão, São Sebastião do Caí e Alvorada.

De acordo com a delegada Tatiana Bastos, titular da 4ª Delegacia de Polícia de Canoas, foram presas 14 pessoas. O efetivo cumpriu 44 Mandados de Busca e Apreensão e 05 Mandados de Prisão temporárias. Além disso, foram apreendidas 300 gaiolas e 200 animais resgatados.

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