Empresários dizem que Leite resgatou orgulho de ser gaúcho e pedem que seja candidato a reeleição

Encontro reuniu representantes de diversas entidades.

Em um jantar nesta quarta-feira (9), empresários se reuniram para pedir que Eduardo Leite (PSDB) reconsidere sua posição contrária a reeleição e seja candidato a governador nas próximas eleições. O encontro foi no Armazém 7 do Cais Mauá e contou com a presença de mais de 20 representantes de áreas diferentes.

Conforme a jornalista Rosane de Oliveira, de GZH, José Galló, Bruno Zaffari, Gilberto Petri, Dody Sirena e Carla Tellini eram alguns dos presentes. O representante da Farsul, Domingos Velho, foi quem leu o discurso escrito por seus pares. Segundo eles, Leite “nunca perdeu o rumo, nunca perdeu o tom. Tem sido timoneiro e maestro. Tem conduzido o Rio Grande do Sul com segurança no meio da maior crise sanitária da história recente. Chega a ser quase inacreditável olhar para o Estado hoje e perceber que, sim, viramos o jogo”, afirmaram.

Entre os pontos positivos citados por Velho, estão os salários do funcionalismo pago em dia, o fim das alíquotas majoradas de ICMS e as privatizações. “Não podemos e não queremos voltar a um período de incertezas e de desânimo”, afirmam em uma espécie de crítica aos antecessores.

Leite não disse que sim, mas também não negou, como fazia anteriormente. Ele disse que considera a ação um elogio e que o importante é a continuidade do projeto e não das pessoas.

Leia a carta na íntegra:

“Governador, chegamos a praticamente dois anos de pandemia. E uma pandemia que testou duramente a todos nós de diversas formas: desde a estritamente pessoal à macroeconômica. O senhor foi criticado por uns (injustamente, muitas vezes); elogiado, por outros. E nunca perdeu o rumo, nunca perdeu o tom. Tem sido timoneiro e maestro. Tem conduzido o Rio Grande do Sul com segurança no meio da maior crise sanitária da história recente.

Chega a ser quase inacreditável olhar para o Estado hoje e perceber que, sim, viramos o jogo. Chega ser quase inacreditável olhar para o Estado hoje e perceber que, depois de 57 meses de atrasos e parcelamentos, os salários do funcionalismo estão sendo pagos rigorosamente em dia. Os hospitais agora podem pagar corretamente os fornecedores porque corretamente recebem do Estado. Chega a ser quase inacreditável ver que, de fato, a alíquota majorada do ICMS ficou no passado. Mais: ver que privatizações e reformas sonhadas saíram do papel. O Rio Grande do Sul recuperou o fôlego, redobrou o ânimo.

De um cenário de incertezas trazido pela pandemia e suas consequências, chegamos ao equilíbrio fiscal e à retomada da capacidade de investimento – os recursos do Avançar RS e as projeções nas paredes deste armazém estão aí para testemunhar. Fruto do trabalho em equipe dos profissionais que lhe acompanham, governador. Profissionais dos blocos político e técnico. Fruto direto da sua liderança. Fruto direto da sua capacidade não apenas de planejar, mas de executar. Como gaúchos, somos gratos por isso.

E justamente para lhe agradecer nasceu a ideia desta noite, deste jantar. Para lhe agradecer e reconhecer o tanto bem feito até aqui. Temos, ainda, muito a crescer e a superar, certamente. Mas demos passos importantíssimos, fundamentais.

Por isso, governador, ao mesmo tempo em que lhe agradecemos, queremos pedir. Sim, queremos pedir que o senhor lidere o processo de sucessão ao governo do Rio Grande do Sul. Não podemos e não queremos voltar a um período de incertezas e de desânimo. O momento é de consolidar as reformas e os avanços conquistados nestes três anos. Romper com o modelo de gestão responsável e de entregas concretas aos gaúchos seria um retrocesso terrível, que traria consigo um alto custo social a ser pago.

Sem desmerecer qualquer liderança envolvida neste processo sucessório (e são várias, o que é bom), gostaríamos de pedir abertamente – em alto e bom som – que o senhor reconsiderasse a decisão de não concorrer à reeleição. É um desejo nosso, que encontra eco em grande parte da população gaúcha, como as pesquisas têm atestado.

Sob sua liderança, o Rio Grande do Sul hoje pode olhar com altivez, de cabeça erguida, para o resto do país. E esse resgate do orgulho de ser gaúcho, governador, é um patrimônio imaterial reconquistado, reavivado. É um legado que não pode correr o risco de se perder no caminho da história.

Pelo que passou e pelo que há de vir, muito, mas muito obrigado, governador Eduardo Leite!”

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