Além de estuprar, pai tentou matar filhas de 6 e 8 anos enforcadas em Canoas

O caso foi descoberto pela avó das vítimas

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Já está no presídio o pai preso por estuprar as duas filhas de seis e oito anos. Os crimes aconteciam na residência em que elas moravam no bairro Estância Velha, em Canoas.

O caso chegou ao conhecimento da Polícia Civil através da avó que denunciou. De acordo com a investigação feita pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), ela deu um caderno para as netas. As duas crianças começaram a fazer desenhos de cunho sexual e isso chamou a atenção.

Desenhos relataram o crime

Conforme Rocha, os desenhos ajudaram as vítimas a relatar coisas que, talvez verbalmente, elas não conseguiriam. “A criança, ao desenhar, se expressa de forma livre e sem receios, pois julga estar sozinha, desvigiada, em seu mundo lúdico, sem a pressão e o controle de adultos. É o desenho, portanto, forma importante de manifestação do pensamento infantil, que deve obrigatoriamente ser objeto de grande atenção por parte dos pais, avôs e cuidadores. No caso, os desenhos foram cruciais para a descoberta dos abusos e estupros sofridos pelas duas irmãs”, afirma.

Não satisfeita com os desenhos, segundo o delegado, a avó deu um celular para as netas. Quando foi mexer no aparelho, para saber o que elas andavam vendo, se assustou: as crianças estavam pesquisando conteúdos pornográficos.

Além dos desenhos e do conteúdo encontrado no celular, a mãe da criança, já tinha notado que as filhas estavam mais agressivas, irritadas e chorosas. Ela levou as duas para atendimento psicológico. Através dos desenhos, foi descoberto que ambas estavam sendo abusadas pelo pai, sendo agredidas e ameaçadas a não contar nada para ninguém. Todos os fatos, de acordo com o delegado, foram confirmados através dos depoimentos especiais.

Agressões

Os policiais também descobriram com os depoimentos que em um dos estupros, o pai chegou a enforcar a filha mais nova para cometer o ato. Após o crime, ele disse que se quisesse, poderia matá-la.

A criança de seis anos contou que, em um dos abusos, ouviu a irmã mais velha chorando e implorando para que o pai parasse com aquilo. Porém, mesmo com os pedidos, o homem seguiu com o estupro.

Porém, ela relatou ter percebido que o pai tinha muito nojo da urina. “Ela fazia xixi nas calças para evitar que ele chegasse perto”, conta o delegado.

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