Líder de facção alvo de operação da Polícia Civil mora em condomínio de luxo em Canoas

Ele era proprietário de bingos na Grande Porto Alegre

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Um dos líderes da facção alvo da Operação Fim do Jogo, deflagrada nesta quarta-feira (17), mora em um condomínio de luxo do bairro Igara, em Canoas. O endereço da residência e o nome do investigado não foram divulgados pela Polícia Civil devido a lei de Abuso de Autoridade.

A investigação coordenada pelo delegado Gabriel Borges descobriu que a facção praticava lavagens de dinheiro através dos jogos de azar. Eles mantinham bingos em Esteio, Novo Hamburgo e Sapucaia do Sul. Em um dos estabelecimentos, os policiais encontraram diversas máquinas caça-níqueis e materiais utilizados nos jogos, como cartelas, por exemplo. Foram apreendidas ceduleiras – equipamento onde o dinheiro fica armazenado no equipamento -, dinheiro e celulares.

As investigações, que duraram cerca de 12 meses, conseguiram identificar um lucro de R$ 10 milhões de reais. “O resultado do trabalho indica a preocupação no combate à lavagem de dinheiro resultante da exploração de jogos de azar, a qual é capaz de gerar milhões de reais de origem ilícita”, destaca Borges, titular da 1ª Delegacia de Sapucaia do Sul.

Pelo menos 20 pessoas são investigadas. Os policiais apuraram que eles compraram diversos móveis e veículos para gastar o dinheiro oriundo do crime. “A investigação nos delitos de lavagem de dinheiro é uma das prioridades da Polícia Civil, pois reforça a intenção de descapitalização dos grupos criminosos organizados”, relata o delegado Mario Souza, diretor da 2ª Delegacia de Polícia Regional Metropolitana (2ª DPRM).

A ofensiva, feita pela Polícia Civil em conjunto com a Brigada Militar (BM), teve mais de 250 policiais nas ruas. Eles cumpriram 143 ordens judiciais em Canoas, Esteio, Novo Hamburgo, São Leopoldo e Sapucaia do Sul.

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