Juares Hoy vai estar na urnas em 2024, mas não como candidato a vereador. Em uma conversa com o blog, ele anunciou oficialmente o que já vem dizendo aqui e ali, sem pedir segredo: é candidato a prefeito em 2024, na sucessão de Jairo Jorge/Nedy de Vargas Marques – seja quem for que esteja à frente do cargo.
Na Câmara, Juares é hoje um dos líderes da oposição. Discurso inflamado, bolsonarista de carteirinha e ex-policial, preferiu ficar no esvaziado PTB local do que acompanhar o ex-prefeito Luiz Carlos Busato na cruzada para formar o União Brasil. Não que tenha algo contra Busato, pelo contrário; são amigos. Mas os planos de Juares já estavam resolvidos: além do apoio ao capitão-presidente em 2022, a candidatura a prefeito em 2024 moveu sua decisão.
Ou, no caso, manteve.
Juares é, de certa forma, a primeira peça no tabuleiro da sucessão que começa a ser visualizado na prática a partir dos resultados de 2022. É certo que o governo terá um candidato – só não dá garantir, de antemão, quem seja; se Jairo Jorge reverter o afastamento, é natural que tente mais um mandato – e o mesmo vale para Nedy, caso o impedimento de JJ se mantenha. Márcio Freitas, que concorre a estadual, também não esconde o desejo de disputar a eleição para Prefeitura e as urnas podem indicar que o momento para isso se aproxima.
Entre os demais partidos, já se ouve burburinhos aqui e ali. Busato, por exemplo, é sempre lembrado – mas tem planos de disputar uma cadeira no Senado em 2026 e ser prefeito no meio desse caminho seria, a essa altura, uma mudança brusca de planos. Dario Silveira, seu companheiro de chapa em 2020 e candidato a estadual este ano parece mais disposto a concorrer em 2024.
MDB, PT e PDT também sonham com o paço, mas hoje devem fidelidade a JJ e Nedy, no caso dos dois primeiros partidos, e à oposição, no caso do PDT. Hoje, são os ‘coadjuvantes de luxo’ que podem indicar ali adiante um protagonista, caso as alianças de hoje esfarelem no futuro.
Embora esteja cedo, a fala de Juares certamente vai uriçar incaltos e forçar os calejados a adotar o discurso do ‘não é hora para falar em 2024’. E, a bem da verdade, não é mesmo.
Mas em seguida, será.