Advogado é condenado por estuprar crianças em condomínio de Canoas

Segundo a titular da 2ª Vara Criminal de Canoas, juíza Patrícia Pereira Tonet, a pena deverá ser cumprida em regime fechado

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O advogado César Augusto Gesswein foi condenado pelo estupro de quatro crianças em Canoas na tarde desta segunda-feira (12). Ele está preso desde novembro.

Conforme a juíza Patrícia Pereira Tonet, titular da 2ª Vara Criminal de Canoas, ele deverá cumprir 51 anos e quatro meses de prisão em regime fechado. Na decisão, a magistrada pontua que o réu não poderá cumprir a pena em liberdade já que possui “uma personalidade dissimulada e perversa”.

A reportagem de Agência GBC tenta contato com a defesa de Gesswein, mas ainda não obteve retorno.

Relembre o caso

O advogado que está preso desde novembro será indiciado por quatro crimes: estupro de vulnerável; manutenção de arquivos pornográficos de crianças e adolescentes; facilitação de acesso de crianças a materiais de pornografia e fraude processual.

O empresário Juliano Fontana foi o primeiro a denunciar no caso. Pai de uma menina de 9 anos, ele descobriu que a filha sofria abusos há quatro anos. “Ela contou para uma amiguinha na escola. Depois disso, a direção nos chamou e nos contou o ocorrido”, conta.

Juliano e a família tinham uma relação de amizade com o acusado há mais de 10 anos. “Chegamos a viajar juntos para Santa Catarina.” Ele conta que os abusos só tiveram um fim quando a criança descobriu que o que estava acontecendo era errado. “Ela ia na casa para brincar com o filho dele. Um dia, ele tentou levar ela para o quarto e ela deu um tapa na cabeça dele”, relata ao ressaltar o que sentiu quando descobriu o crime. “Descobrimos há mais de um mês e o delegado pediu para mantermos a maior descrição possível para não alertar ninguém.”

Com o avançar da investigação, Juliano procurou Sheila Breitembach, que tem uma filha de oito anos. “A filha dela fazia parte do mesmo círculo de amizade do filho dele e da minha.” A advogada esperou a filha chegar em casa e fez o questionamento. “Ela me contou detalhes. A minha filha disse que ele botava a mão por dentro da calça e botava ela no colo dele.”

Sheila destaca que nunca desconfiou da conduta do acusado e da família dele. “Era uma família de confiança que nós conhecíamos aqui no condomínio há mais de 10 anos. O filho deles vivia na minha casa, nossos filhos eram amigos. A gente convivia no condomínio, tomávamos mate junto. Uma família super decente ao olho de todos que a gente podia confiar os filhos a dormir na casa deles, porque o condômino é para ser um lugar seguro, não onde tua filha é abusada.”

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