RODRIGO BECKER

Rodrigo Becker é jornalista e escreve sobre política, negócios e cidade diariamente neste espaço.

NOVA SANTA RITA | Ex-procurador do governo do PP encara júri pela morte de Eliseu Santos

Marco Bernardes chegou a ser preso por suspeita de recebimento de propina de empresa que foi pivô do assassinato do ex-vice-prefeito da Capital

Um dos casos mais ruidosos da última década na Justiça gaúcha chegou ao fim nesta quinta-feira, 14 – pelo menos em parte. Foi o fim do julgamento dos acusados da morte do ex-vice-prefeito de Porto Alegre, o médico ortopedista Eliseu Santos que, na época do crime, 2010, era secretário de Saúde da Capital. Um personagem da política novasantaritense esteve no banco dos réus durante o julgamento: Marco Bernardes, advogado, ex-procurador do município durante o governo do PP. Terminou em parte porque cabem recursos à decisão.

De acordo com informações do Tribunal de Justiça do Estado, Marco foi acusado pelo Ministério Público de receber dinheiro da empresa investigada como pivô do assassinato de Eliseu Santos. Ele respondia pelo crime de corrupção, conexo ao crime doloso contra a vida, acusado juntamente com outros réus de participar em 2008 (de maio a dezembro) de um esquema de pagamento e recebimento de propina na Secretaria de Saúde de Porto Alegre, onde à época era assessor jurídico. Pelo menos uma testemunha ligada à empresa disse em depoimento que ajudou a contar o dinheiro que seria entregue a ele – uma quantia de R$ 10 mil, à época. Marco também era apontado por supostamente ter advogado para a empresa, o que ele nega. O júri formando ainda na segunda-feira, 12, para determinar as responsabilidade sobre o caso inocentou Marco, apesar das acusações do MP.

Advogado chama cliente de ‘barnabé’

Segundo o advogado Cláudio Cardoso da Cunha, que defendeu Marco Bernardes, seu cliente é inocente. “Pode ter cometido algumas atrapalhadas, mas é inocente”, disse aos jurados, conforme informações divulgadas à imprensa pelo Tribunal de Justiça. Cláudio e Marco são amigos há 40 anos. “Ele era um barnabé, não um marajá”. O vídeo usado como prova pela acusação pelo recebimento de propina, segundo Cláudio, foi ‘manipulado’.

Marco chegou a ser preso por nove meses. “Fiquei preso por nove meses em uma cela que era para ser especial, mas tinha 30 pessoas dormindo no chão, fiquei encarregado da limpeza dos banheiros”, contou, em depoimento.

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