Homem coloca fogo na esposa e ela não termina o relacionamento

A tentativa de feminicídio aconteceu na tarde de 6 de janeiro de 2013

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O Tribunal do Júri de Caxias do Sul condenou Jairo Antônio de Moura por tentar matar a sua esposa. O crime aconteceu em 2013, quando o homem ateou fogo na mulher. Nesta quarta-feira (29), ele foi condenado a 12 anos e oito meses de prisão, contudo o réu foi autorizado a recorrer da sentença em liberdade.

A tentativa de feminicídio aconteceu na tarde de 6 de janeiro de 2013, na residência que o casal morava no bairro Planalto. Conforme a denúncia do Ministério Público (MP), na ocasião, Jairo ameaçou e agrediu a esposa. Na sequência, jogou um líquido inflamável no corpo da mulher e ateou fogo. Em chamas, a vítima fugiu correndo e só sobreviveu porque foi socorrida por vizinhos.

Conforme a perícia, a mulher teve quase 15% do corpo queimado, com ferimentos no rosto, pescoço e tórax. Ela passou por cirurgia e permaneceu mais de 30 dias internada no Hospital Pompéia em tratamento médico.

A vítima esteve no júri e prestou depoimento. Como já havia feito à Polícia Civil, ela negou que foi atacada por seu marido e alegou que derramou o álcool no próprio corpo por acidente, o que ocasionou as chamas. Ela também respondeu que mantém o relacionamento com Jairo até hoje.

As demais provas do processo, contudo, apontavam para o sentido oposto do relato da esposa e o réu foi condenado pelos jurados. Esta é a segunda vez que Jairo é culpado por crimes contra a vida. Em julho de 2004, ele já havia sido condenado por um crime no município de Três de Maio.

A acusação foi feita pelo promotor Ronaldo Lara Resende, que considerou a pena adequada para a gravidade do crime. O réu foi representado pelo defensor público Fabrício Balbinot, que declarou que irá recorrer: “Os jurados acolheram a tese da acusação de que foi o réu que colocou fogo na companheira e que a intenção era a de matar. Mesmo depois dos fatos, o réu e a vítima permaneceram vivendo juntos, e ainda ajudam na criação dos netos. A pena ficou em 12 anos, considerei alta e por isso já foi interposto o recurso no plenário para tentar reduzir a pena”, comentou.

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