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Pais e alunos da Escola Estadual de Ensino Fundamental Padre Jaeger, no bairro Vila Rosa, em Canoas, convivem há dois anos com o medo de uma tragédia. A estrutura da única área coberta do pátio da escola pode desabar.
“Esse é o câncer da escola”, afirma o presidente do CPM e advogado, Axel Pimentel. Pai de dois alunos na instituição, ele afirma que com a interdição, as crianças não têm estrutura.
“Esse pavilhão faz com que os pais cheguem na frente da escola e na hora de fazer a matrícula desistem porque: meu filho vai ficar onde? Meu filho vai brincar perto desse pavilhão e se isso aqui cai? Se cair em cima de uma criança, já era. Morreu na hora”, relata.
Funcionamento reduzido
Além de conviver com o medo de uma tragédia, a comunidade escolar está convivendo com outro problema. Desde o início do ano, o número de alunos reduziu em 20%. Com isso, a Secretaria Estadual de Educação (SEDUC) decidiu que a escola funcione em turno único.
“Hoje temos 187 alunos. Eles mandaram fechar as turmas e não querem saber a situação das famílias”, comenta Axel.
Mobilização
Pais se reuniram para evitar o fechamento das turmas e agilizar a demolição do pavilhão. Entre eles está Denise Lussani Pacheco de Jesus. Mãe de um aluno do quarto ano, ela está preocupada com o futuro do filho na escola. “Eu me preocupo hoje com o psicológico, com o ensino e com a estrutura dele”, pontua.
Denise tem participado de diversas reuniões entre a comunidade escolar, a 27ª Coordenadoria Regional de Educação e a SEDUC que discutem a demolição do pavilhão e o fechamento de turmas. “Eles nos dizem que precisam de verbas e que a escola não tem aluno. Por isso que as turmas vão fechar. Os pais estão tirando os alunos por causa do pavilhão interditado”, comenta.
O que diz a SEDUC?
A reportagem de Agência GBC procurou a pasta. Em nota, eles informaram que a direção da escola está realizando orçamentos para a demolição da estrutura (leia a nota na íntegra abaixo)
“Sobre a Escola Padre Jaeguer, de Canoas, a Secretaria Estadual da Educação (Seduc) informa que a área no entorno do refeitório está interditada e o processo de demolição da cobertura da passarela será realizada por meio de suplementação da verba de Autonomia Financeira. Neste momento, a equipe diretiva está realizando a coleta de preços com as empresas da região. As aulas presenciais seguem ocorrendo e as refeições dos alunos estão sendo realizadas em outro local da instituição de ensino.
Sobre a questão dos turnos das aulas, devido ao baixo número de alunos, a equipe diretiva está analisando a possibilidade de unir estudantes do mesmo ano em turno único. Este procedimento está sendo realizado respeitando as particularidades de cada família, inclusive no caso de turmas que tenham alunos da Educação Especial.”
