CANOAS: Rua vira rio e água invade empresas; Funcionários saem de retroescavadeira para fugir da água

As águas dos Sinos invadiu a rua e os funcionários precisaram buscar alternativas para chegar ou sair do trabalho

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Além de pontos do bairro Niterói, do Rio Branco e da Prainha do Paquetá em Canoas, outro ponto que sofre com as cheias dos rios é a rua Berto Círio, no bairro São Luís. Por lá, as águas dos Sinos invadiu a rua e os funcionários precisaram buscar alternativas para chegar ou sair do trabalho.

Uma delas era sair de carona com caminhões ou retroescavadeiras. Além dos que encaravam a água, tinha gente que desistiu de tentar chegar no trabalho. “Eu tinha que ir até lá, mas não vou enfrentar essa água. Ela não para de subir”, conta o funcionário de uma empresa que, por telefone, justificava a ausência para os gestores.

Moradores resgatados

Na última segunda-feira (21), 29 pessoas em situação de risco em virtude das cheias dos rios Gravataí e dos Sinos foram resgatadas pela Defesa Civil. Deste total, foram 11 moradores do bairro São Luís; sete do Niterói, sete da Praia do Paquetá e três do Rio Branco.

De olho nas bombas

Equipes da Prefeitura de Canoas realizaram uma visita técnica nas casas de bombas 1, 2, 3, 4 e 6, além dos diques. Mesmo diante do grande volume de chuva constatado no mês de novembro, superior aos 320 mm, as estruturas funcionaram plenamente, evitando possíveis alagamentos e garantindo a segurança dos moradores das regiões.

“O dique é uma estrutura fundamental para a nossa cidade e, juntamente com todo o nosso sistema das casas de bombas, evita que a água invada a cidade e cause grandes alagamentos. Infelizmente, o Estado vem registrando grandes volumes de chuva, já são mais de 320 mm em novembro, três vezes mais do que a média histórica, que é de 105mm. Mesmo assim, nossos equipamentos estão funcionando plenamente”, destacou o prefeito Jairo Jorge. Durante os últimos seis meses, choveu, consecutivamente, acima da média histórica e o acumulado atingiu a marca de 1.100mm.

Djalma de Melo, morador da Vala da Madrinha há 27 anos, região do Mato Grande, relatou que esta foi a maior cheia que se recorda. “Nunca tinha acontecido isso aqui, com tanta chuva. Mas isso é algo que não tem quem culpar, é a natureza agindo”, falou.

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