POLÍCIA: Jovem é torturado até a morte por facção após dívida com traficantes

Três suspeitos de cometer o homicídio foram presos

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A Polícia Civil do Estado de Goiás (PCGO), por meio da Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios (DIH), localizou o corpo de Lucas André Xavier de Oliveira, 23 anos, que estava desaparecido desde 21 de novembro, quando entrou em um veículo no Jardim Cerrado 7, em Goiânia (GO), e não foi mais visto.

Três suspeitos de cometer o homicídio foram presos. Um integrante da organização criminosa atua como coveiro, cavando túmulos e escondendo corpos de vítimas executadas.

Os envolvidos devem responder pelos crimes de homicídio, ocultação de cadáver e tráfico de drogas.

A vítima foi assassinada na data em que desapareceu, segundo as investigações, por supostamente ter perdido 2 kg de maconha da facção criminosa, motivo pelo qual passou a ser visto como alcagueta (delator).

Emboscada

A PCGO identificou que, no dia do crime, a vítima foi atraída para uma emboscada pelo mandante do homicídio.

Por chamada telefônica, o criminoso disse que o jovem deveria cometer um roubo para sanar a dívida das drogas, quando, na verdade, ele seria brutalmente assassinado.

Depois de levarem Lucas André para uma região de mata, os executores, de 25 e 21 anos, mataram a vítima e acionaram um comparsa de 38 anos para abrir uma cova e enterrar o corpo.

Tribunal do crime

A execução foi filmada pelos autores, segundo a PCGO. Lucas André foi torturado e teve a língua arrancada. A suspeita é que tenha ocorrido um “tribunal do crime”.

As pessoas submetidas ao “tribunal” são julgadas por integrantes do alto escalão das facções. Eles integram setores que funcionam como uma espécie de “corregedoria”, a “Disciplina” da quadrilha.

Os indivíduos nessa posição são responsáveis por garantir o cumprimento das regras da organização e podem aplicar punições caso elas sejam desobedecidas.

Para isso, porém, é necessário um julgamento, com objetivo de definir a sentença — que pode ser de espancamento, expulsão de casa e, em casos extremos, morte.

Por telefone, videoconferência e, em alguns casos, pessoalmente, os líderes “batem o martelo” nos tribunais paralelos. Os “réus” são intimados verbalmente ou por mensagens de celular, com dia e horário do julgamento.

Eles podem apresentar defesas e, também, levar testemunhas. Registros mostram que, em alguns casos, as vítimas são obrigadas até a cavar as próprias covas, nas quais entram e são executadas em seguida.

As audiências são registradas em “ata”, e os condenados têm os nomes inscritos no “livro da morte”.

Fonte: Metrópoles

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