POLÍCIA: Traficantes que fazem tele-entrega de drogas e lavavam dinheiro usando barbearias são alvos de operação da Polícia Civil

Cerca de 300 policiais participando da ofensiva

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A Polícia Civil deflagrou na manhã desta quinta-feira (21) a Operação El Patron. A ação, coordenada pela 3ª Delegacia de Investigações do Narcotráfico (3ª DIN/Denarc), tem o objetivo de desarticular uma organização criminosa responsável pela maior tele-entrega de drogas em Porto Alegre e no Litoral Norte.

Cerca de 300 policiais estão cumprindo 200 ordens judiciais em Porto Alegre, cidades da Região Metropolitana, Litoral Norte e no Rio de Janeiro. São 55 mandados de busca e apreensão, ordens de prisão, bloqueios e sequestros, além de quebras de sigilo bancário e fiscal.

“Esse é um trabalho fruto de uma investigação muito técnica que seguiu de forma detalhada o rastro do dinheiro ilícito, possibilitando responsabilizar criminalmente pessoas que se acham acima da lei”, pontua o delegado Gabriel Borges, que coordena a ação.

Até o momento, sete criminosos foram presos.

Como funcionava o esquema?
O grupo possui cerca de 20 entregadores que atuam 24 horas por dia para distribuir drogas a clientes fixos com alto poder aquisitivo entre Porto Alegre e Torres. As vendas eram feitas através de grupos em redes sociais.

Durante o período de investigação, foi verificada uma movimentação financeira de pelo menos 20 milhões de reais. Considerando apenas os valores oriundos do litoral norte, foram aproximadamente meio milhão de reais por mês.

Para mascarar e ocultar a origem do patrimônio ilegal, o grupo utilizava uma empresa de fachada, constituída sob uma pessoa jurídica de locação de veículos por meio de “laranjas” com renda totalmente incompatível com a declarada. Os valores eram, então, direcionados a empresários, que os transferiram a contas bancárias de uma rede de barbearias de Porto Alegre.

Os três proprietários dessas barbearias responsáveis por movimentações milionárias também são alvos da operação. Eles estão com prisão preventiva decretada pelo Poder Judiciário. Todos os estabelecimentos estão sendo objeto de mandado de busca e apreensão.

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