CANOAS: Delegado explica operação contra grupo criminoso que pratica agiotagem, extorsão e tráfico de drogas; Mais de 20 pessoas foram presas

A operação é resultado de uma investigação que, segundo o delegado, durou oito meses

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A reportagem da GBC conversou com o delegado Marco Guns, titular da 1ª Delegacia de Polícia de Canoas, sobre a Operação Paranhos. A ofensiva deflagrada nesta terça-feira (9) tinha como alvo um grupo criminoso atua com agiotagem, extorsão e tráfico de drogas.

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Saiba mais sobre a operação

Após analisar mais de 70 mil documentos, os policiais identificaram um grupo criminoso envolvido em agiotagem, extorsão e tráfico de drogas.

De acordo com Guns, a associação para o tráfico desarticulada durante a ofensiva pela Polícia Civil movimentou, de março até julho de 2023, aproximadamente R$ 3 milhões com a aquisição e venda de mais de 100 quilos de cocaína e crack. A maior parte dos entorpecentes era comercializada no bairro Rio Branco.

A investigação apurou que membros do grupo criminoso apoiavam financeiramente agiotas que atuam em Canoas, confirmando que pessoas endividadas (após a pandemia, principalmente) recorriam, a maioria sem saber, indiretamente a traficantes de drogas para crédito, motivo pelos quais os atrasos eram cobrados violentamente.

“As investigações demonstram e reforçam que a junção entre traficantes e agiotas é uma fórmula que traz, além da violência habitual e juros exorbitantes, com formação de dívidas impagáveis, um método que assola as vítimas de forma constante: a violência psicológica extrema, levada a efeito por pessoas ligadas ao tráfico, que prestam serviço de cobrança das dívidas, com emprego de armamento pesado e crueldade na prática de ameaças”, destaca o diretor da 2ª Delegacia de Polícia Regional Metropolitana (2ª DPRM), delegado Cristiano Reschke.

Como a investigação começou?

Segundo Guns, a investigação de oito meses começou durante o aprofundamento sobre a fonte financeira de grupos que haviam sido indiciados pela 1ª DP na prática de extorsão por agiotagem. Ao longo de 2023, conforme a polícia, foram deflagradas três fases da Operação Extorsor que culminou na prisão de 20 criminosos, entre flagrantes e prisões preventivas.

Operação Paranhos

Cerca de 250 policiais civis cumpriram mais de 100 ordens judiciais entre mandados de prisão e de busca e apreensão nas cidades de Canoas, Portão, São Sepé, Estância Velha, São Leopoldo, Novo Hamburgo, Viamão e em três casas prisionais 22 pessoas foram presas.

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