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Canoas
07 de setembro de 2024

Detentos produzem móveis para vítimas da enchente em Canoas

Detentos produzem móveis para vítimas da enchente; Mais de 2 mil móveis já foram feitos e doados para pessoas em áreas atingidas

Detentos produzem móveis para vítimas da enchente em Canoas produzidos por trabalho prisional e doados m diversas localidades do Rio Grande do Sul.

Primeiramente, a fabricação desses itens envolveu 18 unidades prisionais do Estado. Como resultado, foram produzidos 216 móveis, incluindo berços, camas e armários; 287 casinhas para cães; e aproximadamente 1,5 mil rodos de madeira, que facilitam a limpeza das áreas afetadas pela lama.

Detentos produzem móveis para vítimas da enchente em Canoas: destinos das doações

Os itens foram então destinados a abrigos municipais e a iniciativas do governo estadual voltadas para a população impactada. Entre os beneficiados, destacam-se a Casa Violeta, um espaço de acolhimento para mulheres e crianças inaugurado em maio, e os centros humanitários Vida, Recomeço e Esperança, que foram inaugurados em julho.

Trabalho feito em diversas penitenciárias

Além disso, a fabricação dos itens ocorreu em outras diversas penitenciárias como em Ijuí, Caxias do Sul, Venâncio Aires, Sapucaia do Sul, Modulada de Osório e Modulada de Uruguaiana. Também participaram os presídios de Julio de Castilhos, Sarandi, Encantado, Iraí, Canela, Cachoeira do Sul, Santiago, Três Passos e Frederico Westphalen.

Ressocialização dos apenados

Luiz Henrique Viana, titular da Secretaria de Sistemas Penal e Socioeducativo (SSPS), ressaltou a importância do trabalho prisional na ressocialização dos apenados. Ele explicou que o objetivo é oferecer oportunidades de trabalho para que os apenados aprendam novos ofícios e aumentem suas chances de reintegração profissional no futuro. “O trabalho prisional é um pilar essencial do tratamento penal e não se limita a momentos de crise,” afirmou Viana.

Por sua vez, o vice-governador Gabriel Souza, coordenador do projeto dos Centros Humanitários de Acolhimento, destacou a colaboração entre o governo estadual, prefeituras e organizações como o Sistema Fecomércio/Sesc/Senac. Ele sublinhou que “os centros fornecem toda a estrutura necessária, incluindo berçários com berços produzidos por trabalho prisional, garantindo um espaço seguro para mães e filhos.”

Outros serviços

Além disso, a Polícia Penal, vinculada à SSPS, tem prestado assistência significativa. Até o momento, cerca de 900 apenados de 52 estabelecimentos prisionais participaram na limpeza das cidades e na fabricação de itens. Também foram produzidas 7 mil fraldas descartáveis, 2 mil barras de sabão e mais de 400 artigos de roupas de cama. Mateus Schwartz, superintendente da Polícia Penal, enfatizou que “o trabalho prisional tem sido crucial para enfrentar este momento difícil e para a reintegração social dos apenados.”

Mudança de vida

Um detento, que já possuía experiência em marcenaria antes de ser preso, se sente feliz por ajudar aqueles que perderam tudo. Ele ressalta a importância de ajudar, pois qualquer pessoa, inclusive um membro da nossa família, poderia enfrentar uma situação semelhante. Portanto, ele planeja abrir uma pequena marcenaria com um colega que também participou da confecção dos berços após sua liberação.

Além disso, os apenados podem reduzir um dia de pena a cada três dias de trabalho, o que proporciona um incentivo adicional para a dedicação.

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