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21 de fevereiro de 2025

Bolo envenenado: sogro de mulher presa morreu após ingerir veneno

O caso do bolo envenenado m Torres agora passa por um novo capítulo: a perícia apontou que encontrou arsênio em corpo de outro familiar

Bolo envenenado: sogro de mulher presa morreu após ingerir veneno. Paulo Luiz dos Anjos, sogro de Deise Moura dos Anjos, a mulher suspeita de envenenar um bolo de Natal que resultou na morte de três pessoas da mesma família em Torres, no Litoral Norte, também ingeriu arsênico antes de falecer. A confirmação veio após a exumação do corpo de Paulo, realizada na última quarta-feira (8), e a análise feita pelo Instituto-Geral de Perícias (IGP).

A morte de Paulo ocorreu em setembro, após ele consumir bananas e leite em pó entregues pela nora Deise em sua casa, localizada em Arroio do Sal. Deise já está detida por suspeita de utilizar arsênico no bolo de Natal, e o novo resultado levanta mais questões sobre seu envolvimento.

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A Polícia Civil planeja anunciar mais detalhes do caso em uma coletiva na manhã desta sexta-feira (10). Até agora, sabe-se que as três pessoas que morreram ao ingerir o bolo de reis, feito por Zeli dos Anjos, mulher de Paulo e sogra de Deise, também foram vítimas de envenenamento por arsênico. Os peritos encontraram vestígios do veneno nas vísceras de Paulo, corroborando a hipótese de envenenamento.

Bolo envenenado: sogro de mulher presa morreu após ingerir veneno: envenenamento em Torres

Em 31 de agosto, Deise e seu marido visitaram Paulo e Zeli. Após consumir os alimentos, Paulo sofreu crises de vômito, diarreia e sangramentos, sendo hospitalizado logo depois. Na ocasião, os sintomas foram atribuídos a uma possível intoxicação alimentar, sem levantar suspeitas de envenenamento.

Somente após a trágica morte das duas irmãs e da sobrinha de Zeli, que ingeriram o “bolo de reis”, a polícia começou a reconsiderar a morte de Paulo. Novos depoimentos de testemunhas indicaram uma relação tensa e conturbada entre Deise e seus sogros, o que reforçou as suspeitas sobre o envolvimento dela nos dois casos.

Acusada nega que tenha matado familiares

Deise negou as acusações em depoimento, mas admitiu a existência de conflitos, especialmente com Zeli, a quem se referia como “naja”. Além disso, o IGP comprovou a presença de uma alta concentração de arsênico na farinha usada para fazer o bolo, reforçando a possibilidade de envenenamento deliberado.

Apesar das evidências, Deise afirmou que não comprou venenos e que pesquisou sobre substâncias tóxicas na internet apenas por curiosidade após a morte de Paulo.

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