Exames confirmaram a presença de arsênio, um veneno, na urina do marido e do filho de Deise Moura dos Anjos. Deise está presa pela morte de três familiares que ingeriram um bolo envenenado na antevéspera do Natal, em Torres. Além disso, outras três pessoas foram intoxicadas, mas sobreviveram ao incidente.
A tentativa de envenenar o marido e o filho teria ocorrido antes do episódio do bolo. Três fontes diferentes confirmaram essa informação à GZH.
LEIA MAIS:
- Polícia encontra comprovante de compra de arsênio em celular de suspeita de matar familiares com a substância
- Mulher acusada de envenenar familiares com arsênio pode ter matado outras pessoas, diz polícia
- Mulher acusada de matar três pessoas da mesma família com sobremesa envenenada pode ter matado o próprio pai em 2020
Posteriormente, o veneno utilizado no doce, e que resultou na prisão de Deise, foi identificado como arsênio ou sua forma comercial, o arsênico.
As suspeitas sobre Deise aumentaram devido ao seu relacionamento conturbado com alguns dos familiares envenenados, especialmente com a sogra, Zeli Teresinha dos Anjos, confeiteira que preparou o bolo e sobreviveu. A análise do celular de Deise revelou diversas pesquisas sobre “veneno para matar humanos” e arsênio antes das mortes, além da aquisição de arsênico em pó pela internet, que teria sido misturado ao bolo.
Além disso, Deise também é suspeita de ter causado a morte do sogro, Paulo, marido de Zeli, com quem também tinha uma relação difícil. A exumação do corpo de Paulo revelou que ele foi envenenado com arsênico após consumir café com leite em pó fornecido por Deise.
Serial killer do bolo envenenado
Assim, com essas quatro mortes, a Polícia Civil considera a possibilidade de Deise ser uma serial killer. Foram solicitados exames ao Instituto-Geral de Perícias (IGP) para analisar material coletado do marido e do filho de Deise. Em outubro passado, Diego sofreu uma intoxicação alimentar e, dois meses depois, passou mal após consumir suco de manga, que também afetou o filho do casal. Dessa forma, desconfiando de envenenamento, os policiais civis pediram testes. As amostras de urina de pai e filho, enviadas para um laboratório do Ministério da Agricultura, confirmaram resíduos de arsênio.
Além dos quatro homicídios, Deise deve responder por outras seis tentativas de assassinato. O IGP também planeja realizar testes em garrafas de água levadas por Deise para Zeli quando a sogra estava hospitalizada, a fim de verificar a presença de arsênio.