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19 de janeiro de 2025

Mulher acusada de envenenar familiares com arsênio pode ter matado outras pessoas, diz polícia

Investigações apontam que há fortes indícios de que a suspeita também tenham envenenado outras pessoas com arsênio

A Secretaria da Segurança Pública (SSP) do Rio Grande do Sul realizou uma entrevista coletiva nesta sexta-feira (10) para atualizar o público sobre a investigação envolvendo a morte de três pessoas após o consumo de um bolo de Natal com arsênio em Torres, no Litoral Norte, em dezembro do ano passado.

Durante a coletiva, o delegado Cleber Lima, diretor do Departamento de Polícia do Interior, revelou que Deisi Moura dos Anjos, presa temporariamente, é a principal suspeita dos envenenamentos. Ele afirmou: “As provas colhidas até agora nos levam a acreditar que a suspeita, Deise Moura dos Anjos, será condenada por esses crimes e provavelmente permanecerá presa pelo resto da vida.”

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A delegada Sabrina Deffente acrescentou que há fortes indícios de que Deise também tenha envenenado outras pessoas próximas à família. “Ela pesquisou sobre venenos, incluindo uma receita de veneno sem cheiro e sem gosto. Com essa combinação de elementos, ela começou a tentar envenenar familiares,” declarou a delegada.

Nesta sexta, a Agência GBC divulgou que Paulo Luiz dos Anjos, sogro da suspeita, também ingeriu arsênio antes de morrer. O Instituto-Geral de Perícias (IGP) confirmou essa informação após exumar o corpo de Paulo na última quarta-feira (8).

O que diz a defesa de mulher acusada de matar outras pessoas com arsênio

A defesa de Deise informou que as declarações feitas na coletiva de imprensa ainda não foram formalizadas no processo judicial. “Estamos aguardando a integralidade dos documentos e provas para análise e manifestação,” afirmou a defesa.

Nota da defesa na íntegra

O escritório Cassyus Pontes Advocacia representa a defesa de Deise Moura dos Anjos no inquérito em andamento sobre o fato do Bolo, na Comarca de Torres, tendo sido decretada no domingo a prisão temporária da investigada.

Todavia, até o momento, mesmo com o pedido da Defesa deferido pelo judiciário, ainda não houve o acesso ao inquérito judicial.

A família, desde o início, colabora da investigação, inclusive o com depoimento de Deise em delegacia, anterior ao decreto prisional. Cumpre salientar, que as prisões temporárias possuem caráter investigativo, de coleta de provas, logo ainda restam diversos questionamentos e respostas em aberto neste caso, os quais não foram definidos ou esclarecidos no inquérito.

Relembre o Caso

No dia 23 de dezembro, seis pessoas da mesma família passaram mal e precisaram de atendimento médico após consumirem um bolo contaminado com arsênio, segundo análise do IGP. O doce, feito por Zeli dos Anjos, resultou na morte de três pessoas: Neuza Denize Silva dos Anjos, de 65 anos; Maida Berenice Flores da Silva, de 59 anos; e Tatiana Denize Silva dos Anjos, de 47 anos.

Zeli, que preparou o bolo, foi hospitalizada e recebeu alta nesta sexta-feira. Um menino de 10 anos, neto de Neuza e filho de Tatiana, também foi internado, mas já está em casa. Uma sexta vítima, um homem da família, foi liberado após atendimento médico.

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